Brasileiros repatriados de Gaza passam por atendimento médico e emitem documentos após chegada ao país

Grupo passou por uma bateria de exames no Hospital das Forças Armadas, onde ficaram a primeira noite após desembarcar no Brasil; todos estão em condições estáveis de saúde

  • Por Jovem Pan
  • 15/11/2023 06h40
Reprodução/Youtube/Lula Repatriados foram recebidos pelo presidente Lula em Brasília O grupo é formado por 17 crianças, nove mulheres e seis homens, sendo 22 brasileiros e dez palestinos familiares

Nesta terça-feira, 14, o último grupo de pessoas que foi retirado da Faixa Gaza recebeu cuidados médicos e emitiu documentos brasileiros. Os repatriados passaram por uma bateria de exames no Hospital das Forças Armadas, onde passaram a primeira noite após desembarcar no Brasil. De acordo com o Ministério da Saúde, todos estão em condições estáveis de saúde. A equipe da Jovem Pan News acompanhou o processo e pode ver os efeitos da guerra na saúde mental dos repatriados. Uma criança se assustou com um fotógrafo que estava com um colete que portava diversas lentes fotográficas. O profissional foi associado a um homem bomba. Dois adultos precisaram explicar a situação para a criança. Em outro momento, quando um avião passou, outra criança perguntou se não era preciso se esconder.

O secretário nacional de Justiça, Augusto Arruda Botelho, afirmou que o governo irá prestar assistência aos repatriados por tempo indeterminado. “Qualquer necessidade específica que não conseguiu ser atendida nesse primeiro dia será atendida ao longo desse acompanhamento, que será feito pelo tempo necessário que for para que esse grupo realmente possa realmente ser reinseridos no país”, declarou.

Quase 24 horas depois da chegada no Brasil, os repatriados falaram pela primeira vez a respeito do período em que aguardavam liberação para deixar a Faixa de Gaza. À equipe da Jovem Pan, Hassan Rabee fez um relato sobre os momentos de tensão que o grupo passou. “Muitos brasileiros que não sabem o que está acontecendo, acham que existem muitas pessoas de grupos terroristas. Mas, na verdade, existem muitas crianças inocentes que moravam lá e não tem nada a ver com essa guerra, mas morriam assassinadas diariamente”, revelou. Apesar da situação difícil em Gaza, o Ministério da Justiça informou que nenhum dos repatriados pediu refúgio ao Brasil.

*Com informações do repórter André Anelli

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