Câmara de São Paulo investiga racismo de servidor comissionado contra Fernando Holiday
Presidente da Casa afirmou que uma perícia irá analisar a veracidade da denúncia, mas espera a exoneração de Ivan Ferreira dos Santos Carvalho
A Câmara de São Paulo investigará funcionário do Legislativo que ofendeu o vereador Fernando Holiday, durante a votação da Reforma da Previdência. O parlamentar do Novo sustenta que houve injúria racial enquanto discursava na tribuna. O presidente da Câmara, Milton Leite (DEM), instaurou uma sindicância para apurar a conduta do servidor comissionado Ivan Ferreira dos Santos Carvalho, professor da educação infantil da prefeitura de São Paulo e lotado no gabinete do vereador Toninho Véspoli, do PSOL. Leite afirmou que uma perícia irá analisar a veracidade da denúncia, mas espera a exoneração do servidor municipal, que não deveria estar na galeria ofendendo parlamentares. “Não importa se é crime racial ou uma ofensa só ao vereador, pouco difere para o comportamento de um professor de educação infantil da cidade de São Paulo”, disse o presidente da Casa.
Fernando Holiday garante que foi xingado de “pretinho de merda” durante a sessão pelo servidor. O vereador do Novo divulgou um vídeo gravado nas galerias do plenário, com os supostos xingamentos. “O vereador Toninho Vespoli se justificou hoje, dois dias depois do ocorrido, dizendo que na verdade seu funcionário teria pronunciado a palavra ‘cretino’ ao invés de ‘pretinho’ e, portanto, não haveria tido a ofensa racial. Bom, sob a justificativa do vereador, então, eu acredito que dois pontos precisam ficar muito claros. O primeiro é que se houve uma ofensa racial, ela se torna grave não pelo fato de eu ser um vereador, mas simplesmente pelo fato de que eu fui ofendido de maneira absolutamente racista por conta dos meus posicionamentos políticos”, explicou Holiday. O vereador Toninho Véspoli afastou o servidor do seu gabinete até a conclusão do processo, mas assegura repudiar qualquer insinuação racista, e afirma que Fernando Holiday tenta fazer “lacração” na internet com o caso.
*Com informações do repórter Marcelo Mattos
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