Câmara de São Paulo se prepara para ‘revisão significativa’ em Plano Diretor

Após aprovação de operação urbana na área da Água Branca, vereadores devem analisar projetos urbanísticos em pelo menos outros cinco locais

  • Por Jovem Pan
  • 04/06/2021 11h22
ALLISON SALES/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO - 10/09/2020 Grupo de vereadores reunidos em um saguão com a imagem da prefeitura de são paulo na direita e uma cruz pendurada na parede à esquerda Plano Diretor deve ser discutido na Câmara

A Prefeitura de São Paulo enviará à Câmara a proposta de revisão do Plano Diretor. Após aprovação da operação urbana Água Branca nesta semana, os vereadores devem analisar uma série de projetos urbanísticos, como as operações Tamanduateí, Arco Jurubatuba, Arco Pinheiros, Vila Leopoldina e Centro. O presidente do Legislativo, Milton Leite (DEM), admite alteração significativa no Plano Diretor. “Trazê-lo a uma nova realidade, mais do que aquilo implementado. Eu sei que a esquerda sempre vive botando defeito naquilo que ela mesmo fez, porque não houve sucesso. Onde já se viu engessarmos um apartamento com uma única vaga de garagem? É a vontade daquele governo, não da sociedade como um todo. Você pode não ter o carro como uma opção, mas obrigar que um casal que tenha filhos, destinos diferentes de trabalho, que demandem veículos, não possa tê-lo?”, questionou.

O secretário de Urbanismo e Licenciamento da capital, César Azevedo, pretende ver o projeto de revisão do Plano Diretor ainda em 2021 com a expectativa de votação em 2022. “Nós estamos revendo todos esses projetos de intervenção urbana, assim como o setor central também. O centro da cidade merece atenção especial para que possamos passar por um grande programa de requalificação do centro. E aí, sem dúvida alguma, o assunto mais importante, o maior desafio, é a revisão do plano diretor, que o próprio PDE estipula que o Executivo tenha que encaminhar à Câmara Municipal no ano de 2021 uma proposta de revisão”, explicou. A operação urbana Água Branca envolve 5 milhões de m² na região da avenida Marquês de São Vicente, da Barra Funda à Lapa. O texto também engloba R$ 5 bilhões em incentivos e regras para o desenvolvimento da área por meio da venda de Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepacs), emitidos pela prefeitura da cidade, com a destinação de 30% das verbas para moradias de interesse social na região.

*Com informações do repórter Marcelo Mattos

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