Capitão Augusto afirma que Bolsonaro ‘com certeza’ vai sancionar reajuste a policiais

Separação de recurso no Orçamento de 2022 para o aumento salarial da categoria repercutiu negativamente entre servidores da Receita Federal

  • Por Jovem Pan
  • 23/12/2021 10h28
Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados Capitão Augusto falando em plenário da Câmara dos Deputados Capitão Augusto defende aumento salarial da categoria

O deputado federal Capitão Augusto (PL-SP) afirmou nesta quinta-feira, 23, que o presidente Jair Bolsonaro (PL) irá sancionar, com certeza, o aumento salarial de R$ 1,7 bilhão ao policiais que recebem diretamente da União, englobando os servidores da Polícia Federal (PF)Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Departamento Penitenciário Nacional (Depen). A separação de recursos para esse reajuste previsto no Orçamento de 2022 repercutiu negativamente entre servidores da Receita Federal, que iniciaram na terça-feira, 21, um movimento de entrega coletiva de cargos.

Apesar das críticas, o parlamentar disse que o presidente não deve ceder e que o aumento será concedido à categoria. “Certeza absoluta [Bolsonaro dará esse aumento]. Não que as outras categorias não mereçam, mas os policias são de uma categoria que vem sendo esquecida ao longo das décadas. Nós tivemos, só nesse mandato, um prejuízo com a reforma da previdência, com a PEC emergencial e com a reforma administrativa”, relembrou o deputado em entrevista ao Jornal da Manhã.

“Obviamente que não tem recurso para todas as categorias, então você precisa priorizar. Era uma categoria muito esquecida e é mais do que merecido esse ajuste. Queríamos até que fosse um pouco maior o reajuste, mas a gente entende a situação econômica. Tenho certeza que o presidente Bolsonaro irá sancionar”, enfatizou Capitão Augusto. O parlamentar defende que os únicos direitos da categoria são a integralidade, que garante que o policial receba o valor do último salário da carreira durante a aposentadoria, e a paridade, que assegura o mesmo reajuste salarial dos ativos, e, por esse motivo, não podem abrir mão do reajuste.

“Nós temos a paridade e a integralidade. Aliás, são um dos poucos benefícios que os policiais têm. Nós não temos direito, por exemplo, a limitação de jornada de trabalho. Os policias de São Paulo trabalham mais de 250 horas por mês. Não recebemos gratificação por trabalho noturno, não recebemos o auxílio de vários quesitos como periculosidade, insalubridade, nos moldes da Legislação trabalhista. Por isso não dá para abrir mão da paridade e integralidade, nós não temos nada em troca”, finalizou.

Confira a entrevista na íntegra:

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