Carlos Ghosn vai à Justiça contra Nissan e Mitsubishi
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O ex-presidente da aliança Renault-Nissan Mitsubishi, Carlos Ghosn, entrou com uma ação milionária contra as montadoras japonesas do grupo perante a Justiça da Holanda. A ação se refere a contrato do empresário brasileiro com a subsidiária Nissan-Mitsubishi B.V., com sede no país europeu.
Sem poder deixar o Japão desde 25 de abril, quando foi solto pela segunda vez sob severas condições, Ghosn pede indenização de € 15 milhões, o equivalente a R$ 63 milhões.
O valor é maior que o dobro do que o executivo teria recebido da subsidiária de forma suspeita, de acordo com as montadoras japonesas.
Acusação
Nissan e Mitsubishi acusam o brasileiro de ter feito um contrato por conta própria em 2018, sem discutir com outros membros do conselho de administração do grupo.
A defesa acusa as companhias de violarem de forma abusiva o contrato do empresário. A subsidiária Nissan Mistubishi B.V. foi dissolvida em março deste ano, em meio às acusações de fraude financeira direcionadas a Carlos Ghosn.
O brasileiro foi preso pela primeira vez em 19 de novembro de 2018. Passou mais de cem dias na cadeia, até pagar fiança equivalente a R$ 33.8 milhões de reais em 6 de março deste ano.
Após novas acusações, voltou a ser detido em 4 de abril. Desde a soltura, no dia 25 do mesmo mês, com o pagamento de mais R$ 17.8 milhões, Ghosn está proibido de ver a mulher, Carole Ghosn, sem a autorização da Justiça.
*Com informações do repórter Matheus Meirelles
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