Caso Henry: juíza marca interrogatórios de Monique e Dr. Jairinho após ouvir testemunhas

Partes da defesa foram ouvidas nesta semana; juíza do caso negou habeas corpus solicitado pela mãe do garoto

  • Por Jovem Pan
  • 16/12/2021 08h19 - Atualizado em 16/12/2021 10h26
Felipe Duest/Estadão Conteúdo monique medeiros ao lado de advogado de defesa em tribunal Monique Medeiros no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro

As audiências de instrução do caso Henry Borel envolvendo testemunhas de defesa foram concluídas nesta quarta-feira, 15, na Justiça do Rio de Janeiro. Mais uma vez, o ex-vereador dr. Jairinho e a professora Monique Medeiros estiveram muito próximos, mas não interagiram. O dia foi reservado às testemunhas de defesa de Monique, mãe do pequeno Henry. Na véspera, foram ouvidas as testemunhas de defesa do ex-parlamentar. Após ouvir as testemunhas, a juíza do caso, Elizabeth Machado Louro, marcou para 9 de fevereiro de 2022 os interrogatórios de Monique e Jairinho. Eles são réus na justiça do Rio de Janeiro por homicídio triplamente qualificado por motivo torpe com direito a tortura e sem direito de defesa da vítima.

Nesta quarta, tanto Jairinho e quanto Monique se emocionaram na hora do depoimento da mãe de Munique, Rosângela Medeiros. Ela disse que a professora foi a melhor mãe que Henry poderia ter, uma pessoa carinhosa, amorosa, atenciosa e amigável, uma mãe presente, que fazia tudo para o filho ser feliz. Ao contrário do que diz o pai de Henry, o engenheiro Leniel Borel, Rosângela Medeiros chamou de ‘loucura’ a afirmação de que ela, como avó, sabia que o neto estava sendo maltratado, mas encobertava as supostas agressões do dr. Jairinho. A avó também afirmou que, na casa dela, Henry jamais foi maltratado ou agredido. No entanto, Rosângela acredita que o neto morreu por conta de agressões. “O amor não mata, e a minha filha amou profundamente. Eu era mulher maravilha do meu neto”, disse.

Presente nas tribunas ao depoimento, a vó paterna de Henry Borel disse que estava revoltada com as oitivas da quarta-feira, que tentam afastar a ideia de que o menino foi morto após uma sessão de agressões. Para Noemi, Camargo, Monique Medeiros foi mínimo negligente por não evitar a morte do próprio filho. “Eu fico revoltada, porque, ela como mãe, sangue dela, ela tinha que proteger, ela sabia que o menino estava sendo agredido. Ela tinha tudo nas mãos para evitar o que aconteceu. A gente quer que vá a juri popular”, disse Noemi. Ao final da audiência desta quarta-feira, a juíza do caso negou um pedido de habeas corpus em favor da professora Monique Medeiros.

*Com informações do repórter Rodrigo Viga

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