Chegada de Ciro Nogueira vai contribuir para avanço do marco legal ferroviário, diz ministro

Tarcísio Gomes de Freitas também citou a nova licitação da Rodovia Presidente Dutra, com R$ 15 bilhões em investimentos, e a expectativa para a concessão dos aeroportos de Viracopos e Congonhas

  • Por Jovem Pan
  • 29/07/2021 10h33 - Atualizado em 29/07/2021 18h28
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Marcelo Chello/Estadão Conteúdo O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas Tarcísio mencionou que a concessão dos aeroportos Viracopos e Congonhas, ambos no Estado de São Paulo, já estão "desenhadas"

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, considera que a chegada de Ciro Nogueira à Casa Civil pode contribuir para o avanço da discussão sobre o marco legal ferroviário. Citando algumas iniciativas estaduais já adotadas, o membro do governo defendeu a importância do tema. “Se tornou muito importante e urgente que tenha marco federal, observe há quantos anos não tem um marco ferroviário estabelecido. Nós temos um decreto apenas de 1996 que é muito frágil e o que estamos tentando é retomar a situação que vivemos no início do século 20, que proporcionou o grande boom ferroviário. […] É fundamental que a gente tenha um marco federal para promover a articulação da rede de transporte, ou podemos ter uma rede completamente desarticulada e trechos estaduais que não vão conversar com os trechos federais. Acredito que a chegada do senador Ciro na Casa Civil, pelo peso político, pela história política, por ser do Senado Federal, é fator que vai contribuir para que tenha êxito na caminhada”, analisou em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan.

A respeito das propostas de leilões e concessões, Tarcísio Gomes de Freitas citou a nova licitação da Rodovia Presidente Dutra, aprovada pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Segundo o ministro, a projeção é que R$ 15 bilhões sejam destinados a investimentos, chegando a R$ 26 bilhões somando os valores de manutenção. “Com redução de tarifa de 35%. O usuário vai ter 35% a menos de tarifa para ter um série de benefícios, como iluminação de LED, terceira faixa, uma série de vias marginais, implementos que vão contribuir para diminuir o número de acidentes, de roubos de cargas”, pontou, explicando que os maiores investimentos devem acontecer entre o terceiro e o sétimo ano. Tarcísio também mencionou que a concessão dos aeroportos de Viracopos e Congonhas, ambos no Estado de São Paulo, já estão “desenhadas”.

Para finalizar, o ministro rebateu os comentários de que a pasta estaria apenas inaugurando obras de governos anteriores. Gomes de Freitas afirmou que cada crítica é vista como um “elogio”, reforçando que a questão é de Estado. “Infraestrutura se pensa a longo prazo, a gente desenha e vai começar anos depois”, disse. “Imagina se a gente chegasse no ministério e pegasse todo elenco de obras que encontramos e ‘não foi nós que começamos, vamos deixar para lá e começar as nossas, porque precisamos do nosso carimbo’. Aí nós não concluímos as nossas [obras] e alguém pensa a mesma coisa. A gente vai ficando com aquela situação que o Brasil chegou a ter 14 mil obras inacabadas. Obra inacabada não gera retorno, o usuário não percebe, o pagador de impostos não sabe por que está pagando seu imposto”, completou, afirmando que o governo federal concluiu obras que estava paradas há 15, 20 anos.

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