Cientistas fazem apelo por lockdown para salvar ’22 mil vidas’ em abril

Manifesto recomenda a ampliação de restrições, incluindo o fechamento de casas lotéricas e oficinas mecânicas, além da redução de passageiros no transporte público

  • Por Jovem Pan
  • 02/04/2021 08h31
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WILLIAN MOREIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO - 08/03/2021 Passageiros aguarda para entrar no metrô de São Paulo O documento recomenda um lockdown de três semanas para diminuir a disseminação do vírus

Mais de 30 cientistas, pesquisadores e economistas divulgaram uma carta aberta ao presidente Jair Bolsonaro, governadores e prefeitos com o pedido de adoção de um lockdown de 3 semanas para salvar 22 mil vidas em abril. O manifesto recomenda a ampliação de restrições, incluindo o fechamento de casas lotéricas e oficinas mecânicas, além da redução de passageiros no transporte público. O documento reforça ainda a importância das barreiras sanitárias internacionais e nacionais. Todas as medidas seriam adotadas de acordo com a situação de cada região, com critérios definidos pelas autoridades locais.

Segundo o fundador do ImpulsoGov, João Abreu, o conjunto de medidas poderia representar o último lockdown implementado no país. A razão pela qual a gente fez essa carta agora e não fizemos manifestações deste tipo em março de 2020, por exemplo, é porque agora a gente sabe onde acaba. A gente tem uma luz no fim do túnel e existe uma perspectiva bastante concreta da vacinação avançar e, com isso, os óbitos começarem a cair. O que a gente precisa é atravessar esse momento final que ainda está faltando”, disse Abreu. Para dar suporte à população durante as 3 semanas de lockdown, os especialistas recomendam o pagamento de auxílio emergencial de mil reais para pequenas e médio empresas e o valor da cesta básica para pessoas, em torno de 600 reais. O grupo sugere critérios que ampliam o número de beneficiados de 40 para 67 milhões, com ajuda dos governos estaduais no pagamento. Os especialistas ressaltam que, sem regras rígidas, será necessário adotar medidas restritivas por mais tempo, reduzindo as chances de crescimento econômico previstas para 2021.

*Com informações da repórter Nanny Cox

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