Com alta nas internações, São Paulo deve anunciar ‘lockdown noturno’ nesta quarta

Segundo o secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, o objetivo das novas restrições é reduzir o número de vítimas da Covid-19 no estado e ‘garantir que as pessoas tenham atendimento de saúde’

  • Por Jovem Pan
  • 24/02/2021 08h21 - Atualizado em 24/02/2021 10h17
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ROBERTO GARDINALLI/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Comércio fecha as portas e adota restrições, após novas determinações sanitárias Marco Vinholi reconheceu que a adoção do lockdown noturno está em discussão

O Estado de São Paulo deve anunciar nesta quarta-feira, 24, endurecimento da quarentena, com a possibilidade de adoção do lockdown noturno. O principal motivo para o retorno das restrições mais rígidas é o aumento da média de ocupação de leitos de terapia intensiva no estado, que passou de 66% para 69% na última semana. Embora o índice ainda seja considerado “sob controle”, as autoridades sanitárias do Centro de Contingência do Coronavírus analisam as novas restrições, afirmou o secretário de Desenvolvimento Regional do Estado de São Paulo, Marco Vinholi. “Ainda é uma taxa dentro daquilo que temos controle no estado de São Paulo para que ninguém fique sem atendimento, mas verificamos aumento que se dá por algumas regiões. Tivemos aumentos em Araraquara, Bauru, Presidente Prudente e Marília. Dentro disso, estamos acompanhando diariamente e aumentando as restrições nessas regiões que tenham necessidade”, disse em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan

Marco Vinholi, que não quis antecipar os possíveis anúncios a serem feitos pelo governador do Estado, João Doria, reconheceu que a adoção do lockdown noturno está em discussão. Segundo ele, uma reunião do Centro de Contingência na manhã desta quarta-feira deve decidir sobre o tema. “Com essa média de ocupação de leitos crescendo e a evolução da pandemia, buscamos medidas para ter de forma de redução de casos e internações. Estamos buscando alternativas, mas já saiu na imprensa essa possibilidade noturna, está em discussão e vamos avaliar”, disse. Da mesma forma, ele defendeu medidas restritivas diferentes para cidades da região de Araraquara, que sofrem com significativo avanço da Covid-19. “Vários [prefeitos] estão adotando medidas mais restritivas, que possam seguir fase vermelha, essa é a nossa recomendação. Mas cada uma das cidades acompanha como está se dando a evolução no seu território.”

Ao ser questionado sobre os impactos do possível lockdown noturno e das novas restrições para setores da economia, o secretário de Desenvolvimento Regional citou a “superação da pandemia” como fundamental para minimizar as dificuldades nos segmentos que, segundo ele, são causas mais pela crise sanitária em si, não pelas restrições. “Temos 6.410 pacientes internados, superando o recorde de 6.250 de agosto do ano passado. A todo momento aumentamos os leitos de UTI, mas na outra ponta existe um percentual significativo de pessoas que vem a óbito mesmo com leitos de UTI existentes. Estamos trabalhando para garantir que as pessoas tenham atendimento de saúde e para que tenhamos menos vítimas de coronavírus. A terceira ponta que vai trazer a superação é a vacinação no estado de São Paulo. Esperamos que até maio toda população acima dos 60 anos esteja imunizada.”

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