Com cancelamento do réveillon em SP, ocupação de hotéis da região da Paulista deve cair de 90% para 25%

Segundo o vice-presidente da ABIH, o setor vem mal durante toda a pandemia e a recuperação não seria feita só com a festa de Ano Novo, mas que deverá demorar de dois a três anos

  • Por Jovem Pan
  • 02/12/2021 10h33 - Atualizado em 02/12/2021 12h30
MARIANA RISCALA/ JOVEM PAN/ JP Réveillon da Avenida Paulista Réveillon da Avenida Paulista, em São Paulo

Após o anúncio do secretário de Saúde da cidade de São Paulo, Edson Aparecido, sobre o cancelamento do réveillon da Avenida Paulista, o vice presidente da Associação Brasileira Indústria Hotéis São Paulo (ABIH-SP), Carlos Bernardo, concedeu entrevista ao vivo para o Jornal da Manhã nesta quinta-feira, 02. Ele comentou os impactos da medida municipal no setor hoteleiro paulistano. Segundo Bernardo, a expectativa de ocupação da rede de hotéis da região da Avenida Paulista com a festa era de 80% a 90% e que agora deverá cair, ficando entre 25% e 28%. Ele ainda declarou apoiar a decisão da prefeitura, por acreditar que será o melhor para os paulistas e os turistas, devido ao risco da nova variante Ômicron do coronavírus.

“O cancelamento do réveillon na cidade São Paulo vai reverberá numa menor ocupação da malha hoteleira. Nós tínhamos uma expectativa de ocupação na margem de 80% a 90% na região da Paulista. Por consequência do cancelamento, nós deveremos atingir entre 25% e 28% de ocupação, que são as pessoas que vem visitar os seus familiares na cidade de São Paulo. Esse, inclusive, é um debate que nós faremos num encontro da ABIH na próxima segunda-feira, porque nós temos que fazer esse acompanhamento com relação a essas determinações do governo. E nós apoiamos, porque, acima de tudo, nós preservamos a saúde das pessoas, para que nós possamos, no futuro, recebe-las com todos os nossos hotéis, com a segurança que esses nossos clientes merecem”, disse.

O vice-presidente da ABIH-SP ainda destacou que o setor hoteleiro paulistano vem sofrendo impactos econômicos intensos ao longo da pandemia da Covid-19 e que somente as festas de final de ano não seriam suficientes para garantir a recuperação. “O prejuízo da hotelaria já se nota nos dois últimos anos. Isso não é recente e não será somente por conta do réveillon. Ele vem sendo acumulado. Para nós recuperarmos esse valor que foi despendido nesse período de pandemia vai demorar dois a três anos. Não vamos recuperar apenas com o réveillon de 2021 para 2022. É claro que haverá uma perda, isso é notório, mas nós temos que entender que é para a segurança de todos os paulistanos e os visitantes da capital paulista”, finalizou.

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