Com crise hídrica, conta de luz manterá bandeira vermelha 2 em julho

Manutenção da tarifa mais cara é reflexo do baixo nível dos reservatórios; estão sendo cobrados R$ 6,24 a mais a cada 100 quilowatts/hora consumidos

  • Por Jovem Pan
  • 26/06/2021 06h37 - Atualizado em 26/06/2021 11h06
MARCELO MACHADO DE MELO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO - 22/06/2021 Imagem de uma conta de luz ao lado de notas de dinheiro Apesar da crise hídrica, governo descarta apagão e racionamento de energia.

Com a crise hídrica afetando os principais reservatórios do centro sul do país, as contas de luz vão continuar mais caras em julho. Nesta sexta, 25, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que a bandeira tarifária seguirá na cor vermelha patamar 2, taxa mais elevada. Até então, eram cobrados neste patamar R$ 6,24 a mais a cada 100 quilowatts/hora consumidos. A diretoria da Aneel se reunirá na terça-feira, 29, para definir o novo valor, que pode passar de R$ 7,50. A manutenção da tarifa mais cara é reflexo do baixo nível dos reservatórios. Em nota, a Aneel explicou que “julho inicia-se com mesma perspectiva hidrológica desfavorável, com os principais reservatórios do Sistema Interligado Nacional em níveis consideravelmente baixos para essa época do ano, o que sinaliza horizonte com reduzida capacidade de produção hidrelétrica e elevada necessidade de acionamento de recursos termelétricos”. De acordo com o governo, o último período chuvoso, de novembro de 2020 a abril de 2021, foi o mais seco em 91 anos. Atualmente, os reservatórios de armazenamento de água das hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste estão em cerca de 30%, podendo cair para 10% até novembro, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Apesar do baixo nível dos reservatórios e da baixa perspectiva de chuvas para os próximos meses, o governo descarta apagão e racionamento de energia.

*Com informações da repórter Letícia Santini

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