Com finanças debilitadas, estatais de saneamento devem recorrer ao setor privado

Ao todo, 10 das 26 companhias públicas estaduais do país não cumprem os requisitos mínimos demandados pela nova legislação

  • Por Jovem Pan
  • 21/06/2021 09h40 - Atualizado em 21/06/2021 09h48
Arison Jardim/Governo do Acre Saneamento básico Meta com o Novo Marco Legal é que 99% da população brasileira tenha acesso a água potável e 90% ao tratamento e a coleta de esgoto até 2033

Por falta de saúde financeira, pode subir a projeção do número de estatais de saneamento que tenham que recorrer a parcerias com o setor privado para manter as operações. Ao todo, 10 das 26 companhias públicas estaduais de saneamento do país não cumprem os requisitos mínimos demandados pela nova legislação, que está em vigor desde junho do ano passado. O presidente da Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto, Percy Soares Neto destaca que as empresas tem muitas dificuldades. “Esse número de 10 empresas estaduais são as empresas que não passam já na primeira etapa. Seguramente, a aferição das condições para passar na segunda etapa deixará, necessariamente, outras empresas estaduais de fora”, afirma, destacando que a saída é buscar parcerias.

“O caminho é buscar parceiros privados. Se você não tem capacidade de investimento e no mercado privado existe um conjunto de operadores com disposição para entra no setor e operar o saneamento, o caminho é viabilizar essa entrada”, pontua. Cerca de 35 milhões de brasileiros não possuem acesso a água potável e 100 milhões não têm serviço de coleta de esgotos, segundo dados divulgados pelo Instituto Trata Brasil. A meta com o Novo Marco Legal é que 99% da população brasileira tenha acesso a água potável e 90% ao tratamento e a coleta de esgoto até 2033.

*Com informações do repórter Daniel Lian

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