Com protocolos, visitas a espaços culturais são experiências ‘absolutamente seguras’, garante secretário de Cultura de SP
Segundo Sérgio Sá Leitão, as medidas sanitárias adotadas garantem a segurança do público e dos profissionais do setor cultural
Com a adoção de protocolos de segurança, a ida a espaços culturais é uma “experiência absolutamente segura”, garante o secretário de Cultura do Estado de São Paulo, Sérgio Sá Leitão. Em um momento em que a capital paulista, assim como outras regiões do estado, se encontra na Fase Verde do Plano São Paulo, que permite a reabertura dos centros culturais, o secretário avalia as medidas sanitárias adotadas e fala sobre os impactos da pandemia no setor e expectativas para a retomada. “São dezenas de medidas para que esses ambientes se tornem seguros tanto para o público quanto para funcionários. Tomamos todas as precauções, estamos instituindo todos os protocolos do Centro de Contingência do Estado de São Paulo, então ir um espaço cultural com a adoção de protocolos é uma experiência absolutamente segura. As pessoas vão retomar a confiança e a vontade”, afirma em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan.
Entre as ações adotadas para a reabertura dos locais está a medição de temperatura dos visitantes, marcações para o distanciamento, obrigatoriedade do uso de máscaras e disponibilização de álcool gel. Além disso, segundo Sá Leitão, nos museus, equipamentos com iteratividade serão acionados com os pés para minimizar as chances de infecção pela Covid-19. No entanto, embora considere segura a retomada dos locais, o secretário reconhece as dificuldades enfrentadas pelo setor e afirma que a descoberta de uma vacina eficaz contra a Covid-19 será o “grande ponto de mudança” na retomada da normalidade. Enquanto isso não acontece, os prejuízos para o setor cultural continuam crescendo. Segundo Sá Leitão, uma pesquisa feita com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) apontou prejuízos “na ordem de R$ 34,5 bilhões, equivale a 1,7% do PIB estadual”. A expectativa, segundo o secretário, é que o setor retome os faturamentos no mesmo patamar de 2019 apenas em 2022.
“O impacto foi devastador. Estimamos seis meses de paralisação, acabou sendo mais, e também estimamos de 16 a 20 meses de recuperação progressiva, então será necessariamente lenta e gradual [a retomada do setor]. Temos um milhão de profissionais deste setor com pouquíssima ou nenhuma renda. Então é um impacto significativo, o setor só voltará a gerar PIB no mesmo patamar que em 2019 em 2022. A cultura gera 3,9% do PIB, algo em torno de R$ 79 bilhões por ano”, avalia, considerando que o investimento da Lei Aldir Blanc irá “impulsionar essa recuperação”. A Lei Aldir Blanc visa destinar da renda básica emergencial para profissionais do setor cultural. Segundo Sá Leitão, a expectativa é que 63 mil pessoas sejam beneficiadas pelos recursos no Estado de São Paulo. O cadastro para ter acesso ao auxílio termina no dia 15 de outubro e pode ser feito pelo site dadosculturais.sp.gov.br. Ao todo, R$ 189 milhões serão destinados para os pagamentos.
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