Com receio de novas variantes, Brasil ultrapassa 461 mil mortos pela Covid-19

Dados do Ministério da Saúde apontam 2.012 falecimentos pela doença nas últimas 24 horas; infectologista fala sobre a preocupação com cepas em circulação no país

  • Por Jovem Pan
  • 30/05/2021 07h26 - Atualizado em 30/05/2021 10h19
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DANIELA SEGADILHA/ZIMEL PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Funcionário coloca caixão de vítima da Covid-19 dentro de gaveta em cemitério Segundo dados do Ministério da Saúde, o número de brasileiros vítimas da doença ultrapassa 461 mil registros

O Brasil ultrapassou a marca de 460 mil mortes por Covid-19 neste sábado, 29. Segundo dados do Ministério da Saúde, o número de brasileiros vítimas da doença ultrapassa 461 mil registros, sendo 2.012 falecimentos contabilizados nas últimas 24 horas. O número total de pessoas que já foram infectadas pelo coronavírus é de 16.471.600. Para o infectologista Renato Kfouri, com a preocupação pela chegada da variante indiana em ao menos dois Estados, o Brasil acaba se “esquecendo” da P.1, cepa originária de Manaus, no Amazonas, que tem causado o maior número de infecções no país. “Em um cenário onde circula tanto a variante brasileira P.1, é preciso observar qual a competitividade que essa variante indiana terá, se ela ganhará um protagonismo ou não. É possível que ela nem consiga se estabelecer de fato como uma variante importante, tamanho o domínio que a gente tem da P.1. Quando você tem o predomínio de uma variante, dificilmente outras ocupam aquele espaço. É mais fácil adentrar onde tem pouca circulação de outro tipo.”

Para mudar esse cenário de preocupação, as vacinas são apontadas como o principal caminho. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Pasteur de Paris apontou que o imunizante da Pfizer consegue produzir anticorpos contra a variante indiana, mas com eficácia um pouco menor. Segundo o estudo feito em laboratório, pessoas que receberam as duas doses do imunizante também criam anticorpos capazes de combater a variante inglesa, mas um pouco menos eficiente com relação à cepa vinda da Índia. Sobre o tema, Renato Kfouri lembra que as vacinas, em sua maioria, têm tido respostas positivas com relação às variantes e que a cepa da África do Sul é a mais preocupante. No entanto, de acordo com ele, as empresas farmacêuticas estão se preparando para possíveis adaptações aos imunizantes.

“Nós estamos muito atentos a essas variantes e as indústrias farmacêuticas já se prepararam para adaptar, para se houver necessidade, se essas variantes escaparem do sistema imune, adaptarem as vacinas”, disse. Segundo a pasta da Saúde, 42.350.685 pessoas foram vacinadas com a primeira dose de vacinas contra  Covid-19. Com a segunda aplicação, o número é de 19.866.565. Neste sábado, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, afirmou que vai ampliar a vacinação para o público com menos de 60 anos e sem comorbidades. Segundo ele, com a diminuição da procura pela vacina, a ideia é abrir para novas faixas etárias e, por isso, pretende começar a montar um novo cronograma já nesta semana.

*Com informações da repórter Camila Yunes

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