Com restrições de circulação, confiança do consumidor cai pelo 2º mês consecutivo

Índice Nacional de Confiança do Consumidor registrou 70  pontos no mês de abril, seis a menos do que foi medido em março

  • Por Jovem Pan
  • 25/04/2021 11h17 - Atualizado em 25/04/2021 12h38
EDUARDO MATYSIAK/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO - 02/04/2021 Idoso fazendo compras com máscara em um mercado em São Paulo Confiança do consumidor é impactada pelo avanço da pandemia do coronavírus

O Índice Nacional de Confiança do Consumidor registrou 70 pontos no mês de abril, seis a menos do que foi medido em março. Esse é o pior resultado do indicador desde o início da pandemia. Isso porque, quanto mais próximo de 100, maior a confiança. A região Nordeste do país é a mais pessimista, com 63 pontos. Já o Norte continua como a região mais otimista, com 85 pontos. Centro-oeste registrou 83 pontos; Sudeste, 70; e sul, 65. O economista-chefe da Associação Comercial de São Paulo, Marcel Solimeo, explica que os altos índices de casos e mortes por Covid-19 e as restrições de circulação colaboraram para esse resultado. “Na medida que a expectativa do fim da pandemia está ficando mais distante, a confiança do cidadão também vai piorando. Ele se torna menos otimista. A cada mês que vai aumentando as dificuldades das restrições para o comércio, o fim do auxílio emergencial, tudo isso vai contaminando o estado de espírito do consumidor”, analisa Solimeo.

Dessa forma, os consumidores ficam mais cautelosos com gastos, principalmente a longo prazo, como explica Marcel Solimeo. “Se ele acha que vai ter melhores condições de emprego, ele se dispõe até a comprar bens de mais alto valor, como casa ou carro. Se ele tem uma insegurança, ele não vai se endividar para comprar outros bens, como eletrodomésticos e móveis, que tem um preço mais alto”, diz o economista. O Índice Nacional de Confiança também mostrou que 66% dos brasileiros ou perderam o emprego ou conhecem alguém que ficou desempregado nos últimos seis meses. Além disso, os consumidores estão com falta de boas perspectivas futuras. Apenas 28% das pessoas ouvidas acham que daqui a um ano a economia brasileira estará melhor.

*Com informações da repórter Nicole Fusco

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