Com reuniões em ministérios e julgamento no STF, vacinação contra Covid-19 pode ser definida nesta semana

A expectativa é que o governo federal apresente nesta terça-feira, 1º, um esboço do cronograma de imunização contra a doença

  • Por Jovem Pan
  • 30/11/2020 09h32 - Atualizado em 30/11/2020 11h46
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EFE/ Antonio Lacerda/Archivo AstraZeneca Universidade de Oxford Vacina Órgãos defendem que coordenação da campanha deve partir do governo federal

Discussões no Ministério da Saúde, nos Estados e até no Supremo Tribunal Federal (STF) tentam definir de quem é a responsabilidade e também como será a vacinação contra o coronavírus no Brasil. Nesta sexta-feira, 5, o Supremo inicia o julgamento de duas ações que questionam as medidas do governo em relação à compra da vacina. O relator, ministro Ricardo Lewandowski, já antecipou o voto. Para o ministro, o Estado não pode “pautar-se por critérios políticos, partidários ou ideológicos, tampouco na origem, para escolher ou rejeitar determinadas vacinas e respectivos insumos”. O infectologista Renato Kfouri afirma que a definição precisa ser técnica. “Influências políticas não colaboram em nada, pelo contrário, só podem atrapalhar a confiança da população na vacinação”, afirma.

Pressionado, o Ministério da Saúde apresentará nesta terça-feira, 1º, um esboço do cronograma de vacinação contra a Covid-19. A coordenadora do programa nacional de imunizações, Francieli Fantinato, já disse que a vacina não será oferecida a todos. “Além disso, os estudos não preveem trabalhar com todas as faixas etárias inicialmente. Então, não teríamos mesmo como vacinar toda a população brasileira, além de não ter a vacina disponível em quantidade suficiente, porque tem públicos que não estão contemplados nos estudos. Não podemos priorizar esses públicos tendo em vista que esta vacina não está sendo utilizada durante os testes nessa população, a exemplo as crianças e gestantes”, afirmou. Na última sexta, a Federação dos Municípios de Santa Catarina confirmou um acordo com o Instituto Butantan para a compra de doses da Coronavac, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em fase final de testes no Brasil. Também estão nessa etapa no país as vacinas de Oxford, a da Pfizer e a do grupo Johnson & Johnson. No entanto, ainda não há previsão de liberação de qualquer vacina pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A meta do governo federal é imunizar 80 milhões de pessoas em 2021.

*Com informações dos repórteres Camila Yunes e Vinícius Silva

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