Comandante do Exército fala sobre 8 de Janeiro: ‘Democracia foi preservada’

Em transmissão ao vivo, o general Tomás Miguel Ribeiro Paiva voltou a ressaltar que a instituição é apartidária e comemorou o índice de confiança da população nas Forças Armadas

  • Por Jovem Pan
  • 21/07/2023 07h14 - Atualizado em 21/07/2023 07h23
Exército Brasileiro/Divulgação General Tomás Miguel Ribeiro Paiva General Tomás Miguel Ribeiro Paiva é o atual comandante do Exército brasileiro

Durante uma transmissão ao vivo realizada nesta quinta-feira, 20, o comandante do Exército Brasileiro, general Tomás Miguel Ribeiro Paiva, afirmou que a população não deve se preocupar com o sistema democrático e que é preciso tirar do imaginário das pessoas a percepção de ameaça ao Estado brasileiro após os ataque do 8 de Janeiro. O general também enfatizou que a concepção de trabalho do Exército é baseada na Constituição. “A questão maior é a seguinte. Se nós somos apartidários, isso significa que a população pode ficar tranquila, ela tem que ter a confiança. Hoje, a gente tem um mantra, nossa democracia foi preservada. Ela transpôs um obstáculo. O que a gente tem que tirar do imaginário das pessoas é uma percepção de ameaça. Essa percepção de ameaça não pode existir, porque a nossa concepção de trabalho é uma sujeição completa aos ditames constitucionais. Acho que isso está muito pacificado dentro do imaginário da própria força.”

Ribeiro Paiva assumiu o comando do Exército após as invasões e ataques à Praça dos Três Poderes. O general foi indagado sobre a pesquisa do Instituto Ipec, que indicou que a confiança dos brasileiros nas Forças Armadas caiu de 67% para 66%, de 2022 para 2023. “A gente sabe que teve um final de ano conturbado, com muita exposição midiática. Isso prova que os valores são percebidos pela população e a atuação da força é respeitada”, declarou. O comandante do Exército também destacou a importância do trabalho nas fronteiras, pediu a conclusão do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (SISFRON) e defendeu a compra de novos helicópteros, porque 12 das 94 aeronaves do Exército terão que ser aposentadas em 2024.

*Com informações do repórter Misael Mainetti

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