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Consequência do estresse, síndrome do coração partido afeta brasileiros

Capital do estado, Manaus viveu um colapso do sistema de saúde, com escassez de oxigênio

Dor no peito, falta de ar ou cansaço são alguns sintomas que surgem com grande estresse emocional. Nesse período de crise sanitária, muitas pessoas apresentam a síndrome do coração partido, que é bem parecida com o infarto. De acordo com cardiologista Iran Gonçalves Júnior, a tensão que envolve a pandemia, o medo de contrair o coronavírus e a ansiedade imposta pelas restrições podem desencadear a doença. “Com a pandemia, aumentou a procura no pronto socorro de pacientes que tem sintomas comparativos com o infarto. Entram com falta de ar, dor no peito, mesmo alteração das enzinas cardíacas. Além desses pacientes, os pacientes internados por Covid-19 em unidades de terapia intensiva podem apresentar os mesmos sintomas e sinais, inclusive com as alterações de eletro. Observando esses dados, muitos indo para cateterismo, a gente viu que as artérias coronárias eram normais em muitas ocasiões, o que é uma característica da síndrome do coração partido.”

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O cardiologista explica que em situações de estresse ou forte emoção o organismo passa a produzir mais adrenalina, o que altera o funcionamento do coração. “É uma descarga intensa que faz mal para o coração, essa descarta não é mediada só pelas suprarrenais, que são glândulas que ficam acima do rins, mas é uma descarga mediada pelo sistema nervoso central. É um estímulo muito alto do que chamamos de hormônio do estresse, isso imita a síndrome coronária, causada por uma demonstração das artérias coronárias. Ela é mais comum em mulheres menopausadas”, explica. Os sintomas são temporários e dificilmente deixam sequelas. O tratamento da síndrome do coração partido é feito com medicamentos. Para a prevenção, a pratica regular de exercícios físicos já demonstrou eficácia no controle do estresse, que sobrecarrega o coração. Um pesquisa realizada nos Estados Unidos mostra que o número de casos da síndrome aumentou de 1,7% para 7,8%. Já a Sociedade Brasileira de Cardiologia criou um estudo inédito para a criação de um registro nacional sobre a doença. Serão avaliados pacientes que tiveram síndrome antes e durante a pandemia.

*Com informações da repórter Elisângela Carreira 

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