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Contato com óleo encontrado nas praias do Nordeste pode causar danos à saúde

A pasta da Agricultura proibiu, por meio de Instrução Normativa publicada nesta segunda (29), a pesca nas regiões atingidas pelo óleo

O contato com o óleo que surgiu as praias do Nordeste brasileiro pode causar danos à saúde. Desde o dia 2 de setembro, as manchas já atingiram mais de 230 praias de nove estados. Até agora, sabe-se que a substância é oriunda da Venezuela, mas ainda não está claro como o material chegou até a região.

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O petróleo bruto é uma massa grudenta e tóxica. Ele é composto quimicamente de uma combinação de hidrocarbonetos e impurezas, como o enxofre e metais pesados.

Quando o vapor que sai do óleo ou o próprio material entra em contato com o ser humano, pode desencadear um quadro de coceira, irritação na pele, vermelhidão e tosse. Também são comuns os sintomas de náusea, vômito e tontura.

Segundo o membro da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), doutor Octavio Grecco, é importante que os voluntários se protejam. “Para as pessoas que estão trabalhando nesses locais, é importante que usem luvas, botas e máscaras de proteção. Caso haja o contato do óleo com a pele, a pele deve ser lavada imediatamente com água e sabão”, explica.

As consequências da exposição a óleo a longo prazo não são muito conhecidas. Um estudo publicado no The American Journal of Medicine, em 2014, constatou um risco maior de câncer nas pessoas que foram expostas ao óleo no acidente do Golfo do México.

O levantamento analisou os exames clínicos de cento e dezessete pessoas que tiveram contato com o óleo. De acordo com os cientistas, elas apresentaram aumento do risco de desenvolvimento de alterações no perfil hematológico e na função hepática, o que poderia favorecer doenças como o câncer.

Estresse crônico, ansiedade e depressão também são alguns dos efeitos psicológicos que uma tragédia ambiental deste tipo pode desencadear.

*Com informações da repórter Nicole Fusco 

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