Contra Renan, senadores fazem campanha por voto aberto em eleição para Presidência da Casa
Grupos de diferentes partidos dentro do Senado tentam fazer pressão para que a escolha do presidente da Casa, nesta sexta-feira (1º), seja feita por votação aberta. O regimento interno aponta que a eleição se dá pelo voto secreto, mas senadores buscam mudar esse entendimento usando o argumento da transparência e da publicidade nos atos do Legislativo.
A movimentação é feita principalmente por opositores do senador Renan Calheiros. Eles entendem que uma eleição aberta dificulta a vitória do emedebista pela rejeição popular contra ele.
Pelo Twitter, o senador Tasso Jereissati, candidato pelo PSDB, já indicou que todos os membros da bancada vão declarar o voto, mesmo se a eleição for secreta. O senador Lasier Martins (PSD) disse que a legenda também quer o voto aberto.
Outra a se posicionar a favor foi a senadora Simone Tebet (MDB), mas ela é minoria dentro da bancada: “no processo de democracia entendo que não tem problema em externar meu voto e declarar voto aberto”.
No dia da eleição, devem ser apresentadas questões de ordem para que a votação seja aberta, como apontou o senador eleito Esperidião Amin, candidato pelo Progressistas. O senador Randolfe Rodrigues (REDE) disse que se a Mesa Diretora rejeitar o pedido, eles vão recorrer ao plenário: “destacamos que o regimento estabelece que o plenário é soberano e, sendo assim, pode definir naquele momento a forma de eleição do presidente da Casa e membros da Mesa Diretora”.
Nesta quinta-feira (31), os partidos fazem as últimas definições: o MDB escolhe se lança Renan ou Simone Tebet como candidato oficial. O perdedor dessa disputa ainda define se mantém a candidatura, mas de forma avulsa. Já os outros sete candidatos podem se reagrupar em torno de um ou dois nomes vistos como mais fortes.
*Informações do repórter Levy Guimarães
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