Contra suspeição, PGR defende atuação de Moro no julgamento de Lula

  • Por Jovem Pan
  • 06/12/2019 06h57 - Atualizado em 06/12/2019 08h37
Jovem Pan Jovem Pan Para o coordenador da Operação Lava Jato na PGR, José Adônis Callou de Araújo Sá, Moro atuou de forma igual em todos os casos da Lava Jato

A Procuradoria Geral da República (PGR) pediu, nesta quinta-feira (5), que o Supremo Tribunal Federal (STF) rejeite requerimentos apresentados pela defesa do ex-presidente Lula que apontam uma suspeição do ex-juiz Sergio Moro. A defesa acusa o atual ministro da Justiça e Segurança Pública de ter sido parcial no julgamento do petista.

Os advogados de Lula alegam que o fato de Moro ser nomeado para o cargo de ministro reflete a ausência de imparcialidade. Para a defesa, as conversas vazadas pelo site The Intercept Brasil também representam uma ação irregular por parte do ministro.

No entanto, o coordenador da Operação Lava Jato na PGR, o subprocurador-geral da República, José Adônis Callou de Araújo Sá, acredita que as alegações não provam a suspeição de Moro. Para o procurador, as conversas vazadas pelo Intercept, além de serem ilegais, não têm a autenticidade comprovada.

Em maio, o site divulgou mensagens atribuídas a Moro e ao procurador Deltan Dallagnol em que eles combinariam atuações na Lava Jato. No parecer, Araújo Sá reitera, ainda, que o ex-juiz deu o mesmo tratamento a todos os casos da operação.

A defesa do ex-presidente aposta no pedido de suspeição de Moro como uma das principais tentativas de barrar os processos da Justiça do Paraná contra o petista. Lula cumpriu 19 meses de pena pelo caso do triplex do Guarujá e agora aguarda em liberdade o julgamento de recursos em instâncias superiores.

*Com informações da repórter Camila Yunes 

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