CPI da Covid-19 ouve nesta terça coronel que teria intermediado venda de vacinas

Beneficiado por decisão da ministra Cármen Lúcia, Helcio Bruno de Almeida poderá ficar em silêncio nas perguntas em que ele possa se incriminar

  • Por Jovem Pan
  • 10/08/2021 05h35 - Atualizado em 10/08/2021 10h54
Jefferson Rudy/Agência Senado Omar Aziz e Renan Calheiros na bancada da CPI da Covid-19 Membros da CPI acreditam que esta deve ser a última oitiva no âmbito do caso Davati, que investiga pedido de propina na compra de vacinas

A CPI da Covid-19 inicia os trabalhos da semana recebendo o coronel Helcio Bruno de Almeida, da ONG Instituto Força Brasil. Segundo depoimento do representante da Davati, Cristiano Carvalho, o coronel agendou uma reunião no Ministério da Saúde para a empresa negociar vacinas. No encontro, teria sido discutida a compra de 400 milhões de doses da AstraZeneca. Além disso, o vice-presidente do colegiado, Randolfe Rodrigues (Rede) acusa Helcio de divulgar fake news contra a cúpula da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Helcio Bruno foi autorizado pela ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), a ficar em silêncio nas perguntas em que ele possa se incriminar. Na mesma decisão, a ministra definiu que ele vai ter que dizer a verdade sobre fatos que não o incriminam, já que vai depor como testemunha. Helcio Bruno também vai ter o direito de levar um advogado e conversar com ele de maneira reservada e não pode ser preso no exercício do direito de defesa. Porém, a ministra negou o pedido para que o coronel pudesse faltar ao depoimento. Membros da CPI acreditam que esta deve ser a última oitiva no âmbito do caso Davati, que tem como ponto central um suposto pedido de propina pelo ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias, na compra da vacina AstraZeneca.

*Com informações do repórter Levy Guimarães

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