Crescimento do PIB no 2º semestre pode sofrer queda em relação aos primeiros seis meses, aponta economista
Para especialista, bom desempenho no primeiro trimestre só foi possível por causa de desempenho ‘excepcional’ do agronegócio
O crescimento do PIB brasileiro no 2º semestre de 2023 poderá sofrer queda em relação aos últimos seis meses. Em entrevista à Jovem Pan News, o economista André Perfeito afirma que, dificilmente, o desempenho vai surpreender. “Muito provavelmente, a gente vai ver o PIB do segundo semestre retraindo um pouco em relação ao primeiro. O PIB do primeiro trimestre veio muito forte, com 1,9%, muito por conta do agro. Teve um resultado para lá de excepcional no primeiro trimestre. Não é razoável supor que vá continuar subindo. Mas de forma geral, você vê uma atividade econômica de forma tímida. Esses dados ganham um peso se, eventualmente, o PIB do 2º tri cair. Porque as contas nacionais trimestrais são divulgadas logo depois de consolidados os dados de junho. O IBGE vai divulgar em 1º de setembro os resultados das contas nacionais e a reunião do Copom é no dia 19, 20 de setembro. Então, se a atividade econômica está fraca, isso quer dizer que, dificilmente, o Copom não vai cortar em 50 pontos base a taxa Selic na reunião”, diz André. O economista também falou que melhorar a eficiência da máquina pública é o desafio de qualquer governo. Sobre a reforma tributária, André ressalta o longo período de transição, que irá de 2026 a 2033.
*Com informações da repórter Marina Harriz
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.