Cursos de licenciatura ficam abaixo da média nacional e preocupam Ministério da Educação

Ministro Camilo Santana anunciou a criação de um grupo de trabalho que, em 60 dias, deve apresentar uma série de ações para incentivar melhorias na formação de professores

  • Por Jovem Pan
  • 29/03/2023 07h44
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Reprodução/TV Brasil camilo-santana-dados-inep-cursos-licenciatura-ministerio-da-educacao-reproducao-tv-brasil Ministro da Educação, Camilo Santana, em coletiva de imprensa

Um levantamento realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) mostrou que o desempenho de todos os 17 cursos de licenciatura do ensino superior no Brasil estão abaixo da média. De acordo com os dados divulgados pelo Ministério da Educação nesta terça-feira, 28, a avaliação de 2021 destes cursos ficou abaixo dos 50 pontos, em uma escala de 0 a 100. O curso de Licenciatura em Ciências da Computação teve a menor média nacional, com 30,6 pontos. Na sequência, vieram os cursos de Licenciatura em Educação Física (35,6 pontos) e Licenciatura em Pedagogia (36,3 pontos). As piores médias foram registradas nos Estados do Amazonas, Pará, Mato Grosso, Amapá e Maranhão. No total, foram avaliados 7.512 cursos. Desses, 4.750 são de licenciatura, 2.020 de bacharelado e 742 tecnológicos. O ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou em coletiva que o cenário de formação de futuros professores no Brasil preocupa: “Os dados são relativamente baixos, o que acende um alerta importante. Isso tanto nos cursos de educação de instituições privadas, quanto de instituições públicas”.

“Se nós queremos melhorar significativamente a qualidade da educação básica desse país, nós precisamos fortemente olhar para a qualidade da formação inicial dos nossos professores nesse país”, declarou. O ministro ainda alertou que cerca de 400 mil professores da rede básica do país não têm licenciatura, ou não têm a formação voltada para a disciplina que leciona. Camilo Santana também assinou uma portaria para a criação de um grupo de trabalho que, em 60 dias, deve apresentar uma série de ações para incentivar melhorias nos cursos de licenciatura. Outra medida é a oferta de mais 31 mil bolsas para formação de iniciação à docência e residência pedagógica em 2023 e outras 100 mil em 2024.

 

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