Defesa apresenta ao TSE lista de militares que irão fiscalizar eleições

Ministro Paulo Sérgio Nogueira escolheu dez profissionais que irão acompanhar o pleito

  • Por Jovem Pan
  • 29/06/2022 07h36
MOURÃO PANDA/O FOTOGRÁFICO/ESTADÃO CONTEÚDO urna eletrônica Minirreforma eleitoral foi aprovada na Câmara nesta semana

O Ministério da Defesa indicou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) os nomes que vão fiscalizar as eleições. Na lista de profissionais enviada pelo ministro Paulo Sérgio Nogueira constam dez militares entre coronéis, majores e capitães da Marinha, Aeronáutica e também do Exército. Desde 2019, as Forças Armadas participam como uma das entidades fiscalizadoras do processo eleitoral junto com o Ministério Público, os próprios partidos políticos, a Polícia Federal, o Congresso Nacional e outras entidades que são convidadas pelo TSE.

O que chama a atenção no ofício enviado pelo ministro da Defesa ao presidente do TSE, o ministro Luiz Edson Fachin, é o fato de haver uma mensagem que diz: “Aproveito a oportunidade para agradecer à vossa excelência pelas manifestações de apreço e consideração, bem como renovo permanente interlocução deste ministério com a Corte Eleitoral”. Esta mensagem chama a atenção porque, ainda no início deste mês, Paulo Sérgio Nogueira havia escrito ao ministro que as Forças Armadas se sentiam “desprestigiadas”.

O conflito aconteceu porque um documento com sete sugestões a respeito do processo eleitoral havia sido enviado em março deste ano ao TSE no âmbito da Comissão de Transparência Eleitoral, mas não havia um debate a respeito destas sugestões. Elas foram enviadas antes do prazo determinado para isso, em dezembro de 2021. Mesmo assim, o ministro Luiz Edson Fachin designou que uma equipe técnica analisasse e desse resposta a respeito das sugestões. Nenhuma delas será acatada para o pleito eleitoral, mas há a possibilidade de que algumas sejam analisadas para as próximas eleições.

Ainda que houvesse resposta por parte do TSE, existia também um clima de tensão entre o tribunal e a Defesa. Na última reunião da Comissão de Transparência Eleitoral, realizada virtualmente, o representante das Forças Armadas permaneceu em silêncio durante todo o momento e com a câmera desligada.

*Com informações da repórter Paola Cuenca

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