Delivery pode ter aumento de até 200% na demanda no fim de semana do Dia das Mães
Data é esperada pelo setor de alimentação e deve aumentar faturamento, mas não será suficiente para suprir o rombo financeiro de 13 meses de funcionamento modificado
Um tradicional restaurante de São Paulo já está recusando reservas para a comemoração do Dia das Mães. A data é a mais esperada pelo setor de alimentação e a que mais contribui para o aumento no faturamento. O proprietário, Leonel Paim, ressalta que apesar do alívio, a alta na demanda não é suficiente para cobrir os prejuízos causados pela pandemia. “Não paga as despesas da casa, a grande verdade é essa. E não cobre o prejuízo que tem se arrastado nesses 13 meses que não está em funcionamento normal. Então claro que é um alento, mas não resolve os problemas de caixa de nenhum restaurante”, afirmou em entrevista à Jovem Pan. A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de São Paulo prevê um aumento de 200% na demanda no fim de semana do Dia das Mães em comparação a um fim de semana comum durante a pandemia.
Segundo o presidente do conselho estadual da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) de São Paulo, Percival Maricato, o número é relacionado apenas aos pedidos realizados por delivery. Segundo ele, o setor está preparado para atender todos os pedidos. “No ano passado a gente não estava preparado para o nível de pedidos com a intensidade que os restaurantes foram requisitados. Houve muita dificuldade de atender, às vezes não havia nem funcionários suficientes. Neste ano a gente fez uma campanha de preparação melhor. Nós advertimos porque a gente realmente espera muito mais pedido do que no ano passado”, disse. Por causa das restrições impostas pelo Plano São Paulo, bares e restaurantes podem funcionar das seis horas da manhã até as nove da noite com apenas 30% da capacidade.
Percival Maricato ressalta que o faturamento poderia ser ainda maior se o setor tivesse mais possibilidade de ocupação e atendimento. “O governo está trocando os pés pelas mãos nesse caso. Você vê que agora no Dia das Mães ele abre 30%, que está nos confundindo com lojas de calçado, com papelaria, porque para uma papelaria pode ser até conveniente você atender 30% da clientela, mas para nós não. Deveria ter um tratamento mais adequado”, afirmou. A Abrasel ainda defende que “o acréscimo de somente uma hora, alterando para as 21h o término do atendimento, e 5% a mais de ocupação não tem impacto relevante no setor. Segundo a entidade, “a mudança de horário não possibilita a operação do jantar, pois os clientes geralmente começam a chegar nos restaurantes a partir das 20h. Na quinta-feira, 6, a entidade chegou a enviar uma carta ao Governo de São Paulo pedindo “a flexibilização das restrições de 25% para 60% de ocupação e recepção de clientes até às 22h da noite, reiterando que restaurantes e bares são ambientes seguros, pois são os que mais respeitam os protocolos de segurança.
*Com informações da repórter Letícia Santini
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