Depoimento de Witzel a tribunal do impeachment é adiado
Governador afastado do RJ falaria nesta sexta; a nova data definida é dia 28
A comissão mista que trata do processo de impeachment contra Wilson Witzel não vai mais ouvir o governador eleito e afastado do Rio de Janeiro nesta sexta-feira, 18. O depoimento foi adiado para o final do ano e vai acontecer, provavelmente, no próximo dia 28. O adiamento já era um desejo da defesa de Witzel, que entende que precisa ter mais acesso aos autos. A comissão mista, formada por 5 deputados e 5 desembargadores. Nesta quinta-feira, 17, em uma sessão de mais de 12 horas, foram ouvidas testemunhas de defesa e de acusação.
Algumas falaram por vídeo conferência porque estão presas acusadas de envolvimento de casos de propina, corrupção e desvios — especialmente nas compras e contratações realizadas para a pandemia. O interrogatório que mais chamou a atenção foi do atual secretário de Saúde do Estado, Carlos Alberto Chaves — que não tem qualquer relação com Witzel. Ele disse que encontrou, na pasta da Saúde, um verdadeiro descalabro. E deixou claro que Wilson Witzel provavelmente sabia das irregularidades que ali aconteciam.
O relator dessa comissão, deputado Waldeck Carneiro, considerou a sessão desta quinta-feira extremamente positiva. “Mesmo no caso de testemunhas que usaram seu direito de ficar em silencio em função do processo de inquérito que corre no STJ, ainda assim teve informações relevantes. Foi uma jornada produtiva e espero sempre que o tribunal especial misto tenha o máximo de elementos para tomar a decisão mais justa possível.” O poder judiciário do Rio de Janeiro entra em recesso nesta sexta, mas os trabalhos da comissão mista não serão interrompidos. A ideia é a que a votação sobre a cassação ou não de Witzel aconteça próximo a virada de janeiro para fevereiro de 2020.
*Com informações do repórter Rodrigo Viga
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