Dezembro Laranja: Especialistas alertam para cuidados com o câncer de pele

Doença representa 1/3 dos diagnósticos de tumores em brasileiros, chegando a 185 mil novos casos por ano, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer

  • Por Jovem Pan
  • 19/12/2020 07h08
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GUILHERME DIONíZIO/ESTADÃO CONTEÚDO Movimentação de banhistas na praia do Gonzaga, em Santos, no litoral de São Paulo, Principal fator de risco para o desenvolvimento da doença é exposição ao sol

O câncer de pele representa 1/3 dos diagnósticos de tumores em brasileiros, chegando a 185 mil novos casos por ano, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer. O principal fator de risco para o desenvolvimento da doença é exposição ao sol. Durante a pandemia, a falta de vitamina D causada pela permanência em casa, preocupou a comunidade médica por possíveis relações com casos graves da Covid-19. A oncologista Natalia Vaz explica que dá para promover a liberação de vitamina no organismo sem correr risco de desenvolver câncer de pele. “Pode ser uma região da perna, de forma alternada, 15 minutos, três vezes na semana. Não necessariamente em um horário de exposição entre as 10h e as 16h. Pode ser em um horário antes das 10h da manhã e após as 16h, por exemplo”, explica.

Outros fatores de risco para o câncer de pele incluem histórico familiar, pele, olhos e cabelos claros, mas pele pretas também devem tomar cuidado. Pessoas que tiveram mais de cinco queimaduras durante a vida e com mais de 50 pintas têm mais chance de desenvolver um câncer de pele. Para facilitar o entendimento da população, a comunidade médica usa o sistema de alerta A, B, C, D e E. De acordo com a oncologista Claudia Ottaiano, isso significa lesões e pintas assimétricas, com bordas irregulares, mudança na coloração e diâmetro, e com evolução. “Lesões que machucaram e não cicatrizaram… Às vezes a gente acha ‘ah machuquei aqui a pele’, mas passou uma semana, duas semanas, essa lesão não cicatrizou, é um sinal de alarde para a gente. Lesões que inflamam, ficam vermelhas, começam a mudar as características, você também deve procurar um dermatologista, porque é possível que esteja diante de uma lesão pré-maligna ou neoplasia”, afirma.

A melhor prevenção é a proteção contra os raios solares com protetor fator 60, para pacientes oncológicos e com risco, ou 30. O cuidado deve ser aliado a outras formas de preservação, como o uso de roupas, chapéu, e guarda sóis de lona ou algodão. Médicas fazem apelo aos pais, já que 80% do sol que uma pessoa recebe na vida é durante a infância. O protetor pode ser aplicado em crianças a partir dos 6 meses. Áreas não expostas ao sol também podem ter lesões e câncer de pele. A oncologista Sheila de Oliveira explica que o produto deve ser usado mesmo dentro de casa em todos os horários, além do período das 10h às 16h. “Fora desse horário, a gente também tem a radiação. O fator protetor solar precisa ser utilizado desde o momento que você saiu de casa, desde o momento que você acorda. Tem que ser tão importante quanto escovar os dentes, por exemplo”, diz. É importante ter atenção aos sinais, fazer o autoexame, pedindo ajuda para verificar regiões de difícil acesso, como couro cabeludo e nuca, e procurar um médico.

* Com informações da repórter Nanny Cox

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