‘Dia da Consciência Negra seria mais festivo se houvesse igualdade racial’, diz diretor do Museu Afro Brasil

Espaço, com mostra que traz à tona injustiças sociais, raciais e políticas da população afrodescendente no país, teve comemoração especial neste sábado

  • Por Jovem Pan
  • 21/11/2021 12h09 - Atualizado em 21/11/2021 12h10
Rodrigo Tetsuo Argenton /Creative Commons Fachada do Museu Afro, que fica no Paruque Ibirapuera, Museu Afro, que fica no Paruque Ibirapuera, teve programação especial neste sábado

O Museu Afro Brasil, localizado no Parque Ibirapuera, em São Paulo, celebrou o Dia da Consciência Negra neste sábado, 20, com programação especial. Atividades voltadas à diversidade e história da população negra tentaram conscientizar o público sobre o assunto. Entre as principais atrações estava um tributo ao artista Pixinguinha e canções e danças originárias da República Democrática do Congo. A biomédica Isis Paixão de Jesus foi uma das presentes no local e aprovou a programação. “É extremamente importante para a inclusão, para demonstrar o quanto temos uma cultura riquíssima, vasta e que nós estamos perdendo, Acho que não tem que ser um dia de consciência, mas sim todos os dias uma pequena conscientização para todos, porque somos todos negros, somos todos d euma história africana, de uma eitiologia qunete, de samba, e de calor, e além disso a hstória que mudou a sociedade nos dias de hoje. É o que nós somos, nossas raízes, nossos antepassados precisam ser vividos e comemorados todos os dias, não só um dia”, disse.

Em um espaço de 11 mil m², o museu afro conserva mais de 8 mil obras que contam em detalhes o universo cultural africano e afro brasileiro, abordando em detalhes o trabalho, a religião, a arte e a escravidão. Para o diretor do espaço, Emmanuel Araújo, a data da consciência negra poderia ser mais festiva se tanto preconceito não existisse no Brasil. “Deveria ser mais festivo à medida que houvesse mais consciência no Brasil, que houvesse mais igualdade racial, que não houvesse racismo, não houvesse racismo cultural, não houvesse o preconceito, mas, diante de tudo isso, estamos aqui. Este museu é a prova viva da nossa memória, da nossa história, da nossa ancestralidade”, disse. O museu também conta com a exposição temporária “Terra em Transe”, que reúne obras de 60 fotógrafos do país, trazendo à tona retratos das injustiças sociais, raciais e políticas. A mostra vai até o dia 18 de dezembro.

*Com informações do repórter Vinícius Moura

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