Discurso de Bolsonaro na ONU deve abordar questões ambientais e combate à Covid-19

Expectativa é que o presidente se comprometa com a doação de vacinas a partir de 2022

  • Por Jovem Pan
  • 21/09/2021 08h13 - Atualizado em 21/09/2021 08h54
WALLACE MARTINS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Presidente da república, Jair Bolsonaro, durante cerimônia no Palácio do Planalto Tradicionalmente, o Brasil abre os debates logo após pronunciamento do presidente da Assembleia-Geral e do secretário

O presidente Jair Bolsonaro realiza nesta terça-feira, 21, o aguardado discurso na abertura da Assembleia-Geral da ONU, em Nova York, nos Estados Unidos. Tradicionalmente, o Brasil abre os debates logo após pronunciamento do presidente da Assembleia-Geral e do secretário. Como a discussão ambiental em alta, o discurso do presidente brasileiro deve focar na questão do marco temporal. O Supremo Tribunal Federal (STF) discute proposta de alteração do marco temporal e Bolsonaro tem defendido que a mudança nas regras fixadas na Constituição de 1988 pode comprometer o abastecimento mundial de alimentos. Atualmente, os indígenas só teriam direito a terras que comprovadamente ocupavam quando foi promulgada a Constituição. No entanto, segundo Jair Bolsonaro, a alteração no entendimento provocaria a demarcação de cerca de 80 novas áreas indígenas no país.

Nesta segunda-feira, Jair Bolsonaro teve um encontro com o primeiro-ministro Boris Johnson. O combate à Covid-19 foi um dos temas do encontro. O premiê britânico elogiou a vacina da AstraZeneca, fabricada no Reino Unido, e disse ao presidente brasileiro que já tomou as duas doses do imunizante. Por sua vez, o chefe do Executivo do Brasil admitiu que não se vacinou, mas disse que, como teve a doença, está com muitos anticorpos e se sente imunizado. O governo federal tem dito que o país deixará de ser um importador para se transformar em um exportador de imunizantes. A expectativa é que o presidente Jair Bolsonaro se comprometa com a  doação de doses da vacina contra a Covid-19 a partir de 2022, quando a população brasileira estiver totalmente imunizada.

*Com informações da repórter Luciana Verdolin

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