Doenças intestinais inflamatórias atingem 10 milhões de pessoas no mundo
Consideradas autoimunes, sintomas das enfermidades incluem episódios intermitentes de dores abdominais e diarreia crônica
Maria Amália Bernardi foi diagnosticada com doença de Crohn há 26 anos. Desde então, ela vem tentando lidar com a mudança na rotina causada pelos sintomas. “Ela é uma doença chatinha porque intestino é sempre uma coisa que deixa a gente mais constrangido, você tem diarreia, como você faz. Trabalhava o dia inteiro, de noite também. Como jornalista a gente fica muito tempo fora de casa, às vezes tinha diarreia, eu vivia tensa”, relata. As doenças intestinais inflamatórias são consideradas autoimunes e atingem 10 milhões de pessoas no mundo, principalmente, homens e mulheres com idades entre 15 e 40 anos. A campanha Maio Roxo acontece para a conscientizar a população sobre essas doenças, sendo celebrado em 19 de maio o Dia Mundial da Doença Inflamatória Intestinal. No Brasil, um levantamento feito pela Pfizer aponta o impacto na saúde e na qualidade de vida das pessoas.
Ao todo, foram ouvidas 85 pessoas que pessoas que sofrem com retocolite ulcerativa, sendo que 9% afirmaram ir entre 15 e 19 vezes ao banheiro em dias de crise, 6% têm urgência em ir ao banheiro e 28% não foram a eventos pelos efeitos da doença. Na área profissional, 28% faltaram ao trabalho entre quatro a nove vezes e 55 % relataram que sentem muita dor. O gastroenterologista Flávio Steinwurz alerta sobre a importância do diagnóstico precoce. “A inflamação persistente em um período prolongado, principalmente no intestino grosso, pode levar a transformações no tecido, levando a complicações que podem ser graves. Mas o que vai fechar o diagnóstico são os exames de imagens, os exames endoscópios e exames, às vezes, radiológicos”, explica. O especialista reforça que os sintomas das doenças podem variar. Pessoas com doença de Crohn normalmente têm diarreia crônica e dor abdominal. No caso da colite ulcerativa, episódios intermitentes de dores abdominais e diarreia com sangue são frequentes.
*Com informações da repórter Caterina Achutti
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