Doria: ‘Alcolumbre e Maia têm sido grandes líderes e são favoráveis à inclusão de estados e municípios na reforma’

  • Por Jovem Pan
  • 09/07/2019 08h02 - Atualizado em 09/07/2019 09h45
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Roberto Casimiro/Estadão Conteúdo Governador de São Paulo disse que R$ 400 bilhões serão perdidos sem inclusão de estados e municípios no texto

O governador do Estado de São Paulo, João Doria, elogiou, nesta terça-feira (9), a atuação dos presidentes do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, Davi Alcolumbre (DEM-AP) e Rodrigo Maia (DEM-RJ) pela aprovação da reforma da Previdência. Em entrevista ao Jornal da Manhã, ele disse que ambos tem feito um bom trabalho e que confia no apoio deles para a reinclusão de estados e municípios no texto.

“Tenho essa boa perspectiva. A aprovação no plenário da Câmara não vai incluir [estados e municípios a reforma], uma vez que a votação deve acontecer já nesta semana, mas confio que teremos a inclusão no plenário do Senado. Já conversei com Alcolumbre, que tem sido grande líder ao lado de Maia, e ambos tem posição francamente favorável à inclusão dos estados e municípios na proposta”, afirmou.

Doria voltou a falar na importância da medida para a nova Previdência. Segundo ele, caso estados e municípios não entrem no texto, uma economia de R$ 400 bilhões em dez anos será perdida, além de que esses locais terão muita dificuldade em propor seus próprios regimes de novas aposentadorias. “A reforma não é um capricho, é uma necessidade, e a inclusão dos estados e municípios a torna mais completa e duradoura. Se incluirmos, praticamente R$ 400 bilhões vão ser ganhos”, disse.

“Além disso, muitos estados e municípios não teriam condições de propor em suas Assembleias Legislativas e Câmaras novas regras em condições de aprovação, uma vez que isso geraria conflitos, distúrbios, paralisações. Fora que, em outubro deste ano já estaremos praticamente dentro do calendário eleitoral das eleições de 2020”, continuou o governador.

Apesar da posição favorável à reinclusão, Doria lembrou que o melhor, mesmo, é que a reforma seja aprovada. “A inclusão seria melhor a opção para a reforma. Mas é importante lembrar que a melhor reforma é a aprovada, e a pior é a que não seria aprovada de forma alguma. Por isso, é melhor ter reforma, ainda que parcial, do que não ter nenhuma”, concluiu. “Mas melhor mesmo é ter reforma completa com estados e municípios”, reforçou.

Novo PSDB

Questionado sobre uma possível expulsão de membros do PSDB envolvidos em corrupção, como Beto Richa e Aécio Neves, Doria reforçou a postura do partido a partir de agora, com a nova composição da direção executiva, sob o comando do presidente Bruno Araújo. Segundo o governador, será instituído “um novo PSDB, mas sem apagar a história ou negar fatos.”

“Nós assumimos um compromisso com a opinião pública, de fazer um novo PSDB. Temos uma história bem construída, com biografia vitoriosa, sob liderança principalmente de Fernando Henrique Cardoso (FHC), mas não podemos viver da história, e sim fazer história. Para isso, é preciso estar sintonizado com a população, que quer transparência”, afirmou.

Doria lembrou que as manifestações do dia 30 de junho pediram por transparência e que, por isso, “não é razoável que o partido coloque debaixo do tapete coisas que devem ser transparentes ao eleitorado.”

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