Eficácia da CoronaVac deve ser conhecida no início de dezembro, afirma Dimas Covas
Governo de SP anunciou na segunda, 23, que número mínimo de infectados pela Covid-19 foi atingido
O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou que a eficácia da CoronaVac contra a Covid-19 deve ser conhecida já na primeira semana de dezembro. Com isso, a autorização da Anvisa para o uso da vacina pode chegar ainda antes do final do ano. Na última segunda-feira, 13, o Estado de São Paulo anunciou que o número mínimo de infectados entre os voluntários da potencial vacina foi atingido e os dados já foram enviados para análise do Comitê Internacional. “Essa é uma urgência. Quanto antes evoluir esse processo, mais rapidamente teremos a vacina disponível”, disse.
Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, Dimas Covas destacou, porém, que as medidas de distanciamento, higiene e o uso de máscaras devem ficar ainda por um bom tempo. “Só vamos abandonar quando a epidemia estiver sob controle. Isso só vai acontecer quando tivermos entre 85% e 90% de vacinados, no decorrer de 2021”, disse. De acordo com ele, a vacinação deve ser iniciada nos primeiros meses do ano que vem — a depender do cronograma do Ministério da Saúde. “Deve começar pelos grupos prioritários: profissionais da área da saúde, segurança pública, idosos, professores, pessoas com comorbidades. Só depois deve atingir a população.”
Para Covas, serão necessárias cerca de 400 milhões de doses de vacina — e esse quantitativo não deve ser atingido antes de junho. “Certamente teremos a necessidade de mais de uma vacina. E essa logística [de separar qual vacina vai imunizar qual grupo] depende do Ministério da Saúde, porque temos o Programa Nacional de Imunização (PNI). Esperamos que o Ministério defina esse esquema e faça, juntamente com isso, a distribuição. É importante a vacina ser eficaz e segura, não importa de onde seja”, completa. Dimas Covas não acredita que, em um primeiro momento, a vacina seja disponibilizada no mercado privado porque conter a Covid-19 é uma “necessidade pública”. Sobre uma possível obrigatoriedade de imunização, o diretor do Butantan acredita que a questão deve ser discutida e é “absolutamente normal”.
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