Eike passa o domingo em casa, mas Lava Jato avalia pedir prisão temporária novamente

  • Por Jovem Pan
  • 12/08/2019 07h53 - Atualizado em 12/08/2019 10h39
Montagem O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral e o empresário Eike Batista Empresário conseguiu um habeas corpus no último sábado (10)

A força-tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro avalia a possibilidade de renovar o pedido de prisão temporário do ex-bilionário brasileiro Eike Batista. Ele foi detido na última quinta-feira (8), mas acabou solto no sábado (10) graças a um habeas corpus conseguido pelo Tribunal Regional Federal (TRF) da 2ª Região.

O Ministério Público Federal (MPF) pediu a temporária do empresário alegando que ela era importante para evitar que ele combinasse com outros alvos da operação depoimentos e versões sobre os crimes que teriam cometido.

A desembargadora do TRF da 2ª Região, Simone Schreiber, no entanto, não concordou com a decisão do juiz Marcelo Bretas, que aceitou os argumentos do MPF.  De acordo com ela, é impróprio e ilegal prender alguém para “forçar” depoimento interrogatório.

A temporária de Eike iria vencer justamente nesta segunda-feira (12). Ele sequer foi transferido para o complexo de Bangu, onde estão quase todos os envolvidos com a Lava Jato no Rio de Janeiro. Ficou por cerca de 55 horas detido em uma presídio em Benfica, na capital.

Ele é acusado de uso de informação privilegiada, lavagem de dinheiro e principalmente manipulação de mercado financeiro. Esses crimes teriam acontecido em quatro países: Brasil, Canadá, Estados Unidos e Irlanda.

Eike já tinha sido preso em 2017, acusado de participar do esquema de propina e corrupção do ex-governador Sérgio Cabral. Na época, foi acusado pela operação de abastecer esse esquema com US$ 16,5 milhões e troca de benefícios para suas empresas.

*Com informações do repórter Rodrigo Viga 

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