Em conflito com Crivella e Bolsonaro, Witzel pode desistir de Fórmula 1 no Rio

  • Por Jovem Pan
  • 21/11/2019 07h49 - Atualizado em 21/11/2019 19h07
Philippe Lima/Governo do Estado do Rio de Janeiro Governador, agora, estuda levar Fórmula E ao Estado

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), pode desistir do projeto de construção de um autódromo na Zona Oeste da capital para tentar receber a Fórmula 1 a partir de 2021. Ele, inclusive, considera um “plano B”: a vinda da Fórmula E, em que os carros são movidos a motor elétrico.

De acordo com Witzel, os organizadores da Fórmula 1 pediram estímulos e incentivos fiscais difíceis de serem dados pelo governo, que está em estado de calamidade financeira desde 2016 e deve continuar nessa situação até, pelo menos, o ano que vem. Além disso, o Rio de Janeiro possui um acordo de recuperação fiscal firmado com o governo federal, que impõe uma série de restrições.

O governador afirmou que, para viabilizar a vinda da Fórmula E para o Estado, vai precisar com o prefeito da cidade, Marcelo Crivella – e foi até irônico ao falar dessa negociação. “Lá em Londres eu me reuni com a Fórmula E, que já tem um traçado e cresce muito anualmente. Seria para um circuito ali na arena onde é o Rock in Rio, já tem um circuito pronto, tem um investimento do Estado, na ordem de R$ 35 milhões, uma única vez. Quer dizer, seria do Estado e de patrocinadores, aí caberia captar esses recursos”, explicou.

“Esse circuito ficaria para ser utilizado em outras ocasiões, também, e a Fórmula E mostrou interesse em vir para o Rio de Janeiro. O primeiro circuito seria em fevereiro de 2021 e agora eu estou trabalhando para conseguir, com a Caixa Econômica Federal, que eles passem com a Prefeitura para que a gente possa tentar. Eu já levei essas questões ao assessor do prefeito, que parece que é quem resolve lá na Prefeitura”, alfinetou.

Witzel vem trocando farpas com Crivella ao longo das últimas semanas e tem, também, batido de frente com o desafeto com o presidente Jair Bolsonaro. A construção do autódromo do Rio de Janeiro era um projeto tríplice – que envolvia Estado, prefeitura e governo federal.

*Com informações do repórter Rodrigo Viga

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