Em disputa na Câmara, Baleia Rossi diz que maioria pró-Lira no PSL não preocupa
Apesar da situação desfavorável no segundo maior partido do seu bloco de apoio, o candidado à presidência da Casa pelo MDB afirma que está confiante
O deputado Baleia Rossi, candidato à presidência da Câmara pelo MDB, minimizou o possível desembarque do PSL do bloco dele para a candidatura de Arthur Lira (PP). A ala do partido mais ligada ao presidente Jair Bolsonaro conseguiu maioria dentro da bancada, que é a segunda maior da Câmara, e reuniu assinaturas suficientes para aderir ao grupo de Lira. Porém, oficialmente, o PSL segue com apoio a Rossi. Em agenda no Rio Grande do Sul, o deputado do MDB afirma que está confiante, apesar da situação desfavorável no segundo maior partido do bloco dele. “Não me preocupa, isso já é algo esperado. Nós sabemos que o PSL tem uma divisão interna. Não houve nenhuma mudança, não haverá nenhuma mudança porque já temos essa clareza que é uma bancada que está dividida”, disse o parlamentar.
Aliado de Baleia Rossi, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, acha possível manter o PSL no bloco. “Até dia primeiro os blocos podem ser mantidos ou modificados. Ainda tem muito jogo pela frente”, afirmou. O candidato do MDB foi questionado se acredita que o presidente Jair Bolsonaro agiu alguma vez contra a democracia, mas desconversou. Segundo ele, o parlamento tem que ser uma resistência da defesa da democracia. Mas argumenta que não quer “individualizar” nenhuma ação ou postura.
O deputado também negou que tenha como bandeira pautar algum pedido de impeachment de Bolsonaro, mesmo sendo apoiado por partidos de esquerda. Ele diz que vai agir “rigorosamente” dentro da Constituição. “Como candidato a presidente da Câmara dos Deputados eu não acredito que seja uma bandeira de qualquer candidato o impeachment, o impedimento de um presidente. A nossa candidatura não é de oposição, é uma candidatura muito bem colocada para garantir a independência da Câmara Federal”, reforçou. Baleia Rossi também voltou a advogar pela aprovação da reforma tributária no primeiro semestre deste ano e classificou o atual sistema brasileiro como “esdrúxulo”. Uma das prioridades seria pautar a PEC 45, de autoria dele, que busca unificar tributos federais, estaduais e municipais.
*Com informações do repórter Lervy Guimarães
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