Em meio a críticas de Bolsonaro, embaixada da China defende Coronavac

Segundo embaixador, o país tem o compromisso de fazer com que a imunização contra a Covid-19 seja um “bem público global”

  • Por Jovem Pan
  • 22/10/2020 05h23 - Atualizado em 22/10/2020 09h03
GABRIELA BILÓ/ESTADÃO CONTEÚDO Jair Bolsonaro O presidente garantiu que o ministério não irá comprar doses do possível composto chinês contra a Covid-19

Em meio às declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre a vacina chinesa, a embaixada de Pequim no Brasil reforçou a parceria do Instituto Butantan com a farmacêutica Sinovac. De acordo com o embaixador, a China tem o compromisso de fazer com que a imunização seja um “bem público global” e garantiu que isso acontecerá depois que forem concluídas as pesquisas e aprovações. A embaixada disse que os ensaios clínicos da Coronavac estão avançando no Brasil e que, quando tiver a segurança comprovada, será “valiosa para proteger as populações do mundo, incluindo a brasileira”.

Segundo o comunicado, as vacinas contra Covid-19 desenvolvidas pela China estão entre as mais avançadas do mundo e quatro delas já estão na terceira fase de testes clínicos. A manifestação da embaixada foi feita em meio à falas do presidente Jair Bolsonaro contra o imunizante da Sinovac. Bolsonaro reagiu ao anúncio do ministro da saúde, Eduardo Pazuello, que, em reunião com governadores, afirmou que o governo faria a aquisição de 46 milhões de doses da Coronavac para imunizar a população. O presidente garantiu que o ministério não irá comprar doses do possível composto chinês contra a Covid-19 e reforçou sua decisão como líder da nação. O presidente da República têm protagonizado polêmicas envolvendo o imunizante que vem sido financiado pelo estado de São Paulo.

*Com informações da repórter Camila Yunes 

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