Em meio à retomada das atividades, bares e restaurantes sofrem com falta de mão de obra

Atualmente, três em cada quatro estabelecimentos trabalham com menos funcionários do que no período pré-pandemia; projeção de crescimento é de até 3% no segundo semestre

  • Por Jovem Pan
  • 31/10/2021 09h18 - Atualizado em 31/10/2021 09h19
Tomaz Silva/Agência Brasil Integrando os segmentos de bares, restaurantes e viagens, a prestação de serviço foi o setor mais impacto pelas medidas de isolamento social Ao todo, 31% dos empresários dizem que pretendem contratar nos próximos meses

O avanço da vacinação traz um novo momento para a economia brasileira. Dados da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) projetam crescimento de até 3% no segundo semestre de 2021. Com isso, ao menos 600 mil postos dos mais de 1,3 milhão perdidos durante a pandemia devem ser recuperados. Atualmente, três em cada quatro estabelecimentos estão funcionando com menos funcionários do que no período pré-pandemia. Ao todo, 31% dos empresários dizem que pretendem contratar nos próximos meses. No entanto, há um problema: a dificuldade em encontrar profissionais qualificados, especialmente para cargos de cozinheiro e gerente.

Proprietário de um bar em Minas Gerais há mais de 20 anos, Gustavo Alves relata que, após um período difícil, percebe o retorno do movimento, com possibilidade de avanço. Para isso, ele está buscando duas pessoas para a cozinha, mas não está fácil. “Está difícil de achar não é gente qualificada, está difícil achar gente que queira trabalhar. Acabou que trouxe esse processo de dificuldade muito grande de falta de mão de obra“, relata.

O presidente da Abrasel, Paulo Solmucci, faz o diagnóstico da falta de profissionais: é que muitos, para sobreviver, acabaram empreendendo. “Uma parcela muito grande, especialmente os formados em cozinheiros e cargos mais em gestão, que tinham uma experiência maior com clientes e serviços, montaram seus negócios. Muita gente perdeu o emprego, montou uma cozinha dentro de casa, montou um negócio. Então é uma mão de obra que está fazendo falta”, conclui.

*Com informações da repórter Carolina Abelin

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