Em quinto dia de protestos, Equador tem quase 500 presos e sede do governo é transferida

  • Por Jovem Pan
  • 08/10/2019 07h03 - Atualizado em 08/10/2019 07h04
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EFE Lenín Moreno anunciou a transferência da sede do governo nesta segunda-feira (7)

O Equador chegou, nesta segunda-feira (7), ao quinto dia de protestos contra o governo do presidente Lenín Moreno com 477 manifestantes presos. De acordo com a ministra do Interior, Paula Romo, a maior parte dos presos teriam cometido atos vandalismo, como a destruição de ambulâncias, por exemplo.

Algumas manifestações ocorreram na capital, Quito, perto do Palácio Carondelet, onde fica a sede do governo. Por causa da proximidade dos atos, Moreno decidiu mudar a sede para a cidade costeira de Guayaquil.

Os manifestantes indígenas paralisaram estradas por todo o país e bloquearam uma avenida principal na capital Quito. Os protestos miram principalmente o aumento no preço dos combustíveis e o anúncio de um pacote liberal de reformas econômicas.

De acordo com o governo, dezenas de policiais ficaram feridos em confrontos com manifestantes e um homem morreu depois de ser atropelado.

A organização equatoriana Conaie, que reúne diversos grupos indígenas, afirma que os protestos vão continuar até que o presidente volte atrás no corte do subsídio aos combustíveis. Com o fim dos benefícios, os produtos tiveram alta de até 123%.

Depois do início dos atos, o presidente decretou estado de exceção, que pode durar até 90 dias. A medida garante ao presidente prerrogativas como a censura prévia dos meios de comunicação. Apesar disso, Moreno garantiu que só fez uso do mecanismo jurídico para garantir que as Forças Armadas contivessem os protestos.

Embora tenha apoio de militares e empresários, Moreno teve uma queda brusca na aprovação popular, de 70%, quando foi eleito, para 30%.

No começo do ano, o Fundo Monetário Internacional (FMI) emprestou US$ 4 bilhões de dólares ao Equador para que o país enfrentasse a dívida externa e fiscal.Como contrapartida, o FMI exige que o governo de Moreno adote medidas de austeridade.

*Com informações do repórter Renan Porto 

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