Em São Paulo, quase metade dos monitorados por tornozeleira eletrônica é acusada de violência contra a mulher

Secretaria de Segurança Pública tem adotado o equipamento para evitar que medidas protetivas sejam descumpridas

  • Por Jovem Pan
  • 18/12/2023 11h20 - Atualizado em 18/12/2023 13h11
Robson Ventura/Folhapress Robson Ventura/Folhapress Governo do Estado de São Paulo tem ampliado o uso de tornozeleira eletrônica

Cerca de metade dos criminosos soltos em audiências de custódia e monitorados por tornozeleira eletrônica foram acusados de violência doméstica, apontam dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP). No levantamento, feito entre 11 de setembro e 8 de dezembro, 123 passaram a usar tornozeleira eletrônica por meio de um programa implementado pelo governo estadual 1que disponibilizou 200 equipamentos. Entre os monitorados, 57 são homens acusados de violência doméstica (46,3%). Além disso, quatro deles foram presos em flagrante por descumprirem medidas protetivas. No caso, as tornozeleiras apontam que o criminoso está se aproximando da vítima e alerta as autoridades policiais. A SSP e a Secretaria de Administração Penitenciária consideram que a implementação das tornozeleiras foi um sucesso, já que impediu que vítimas fossem prejudicadas com do descumprimento das medidas protetivas. Além dos acusado de violência doméstica, a SSP aponta que a prática de monitoramento com tornozeleira eletrônica também tem sido aplicada em criminosos presos mais de uma vez, na tentativa de reduzir os índices de reincidência. O programa deve ser ampliado pelo governo estadual.

*Com informações da repórter Beatriz Manfredini

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