Empresas multinacionais são suspeitas de participar de esquema de corrupção no Brasil
O FBI, Departamento Federal de Investigação dos Estados Unidos, está investigando suposto caso de corrupção de multinacionais no Brasil. O Ministério Público Federal afirma que mais de vinte empresas podem ter participação em um cartel, que desviou pelo menos 600 milhões de reais.
Johnson & Johnson, Siemens, General Electric e Philips podem estar envolvidas em um esquema de superfaturamento e suborno na venda de equipamentos de saúde., como máquinas de ressonância e próteses.
Procuradores do MPF suspeitam que essas empresas realizavam pagamentos ilegais para garantir contratos na saúde pública. De acordo com as autoridades, os contratos forjados ocorrem pelo menos desde 2007 e estão concentrados no Rio de Janeiro. Nos últimos cinco anos, procuradores revelaram esquemas, entre estatais e empresas privadas que pretendem ampliar os negócios no país.
Se for comprovado o envolvimento das empresas norte-americanas e europeias, elas deverão enfrentar uma série de punições nos Estados Unidos, porque estarão enquadradas na Lei de Práticas Corruptas no Exterior.
A procuradora federal, Marisa Ferrari, que atua no caso, afirmou em entrevista à agência Reuters que o Departamento de Justiça norte americano e a Comissão de Títulos e Câmbio dos Estados Unidos estão auxiliando o MPF. Ela disse ainda que a investigação está no início, mas que os indícios apontam para grandes pagamentos de propinas e superfaturamento.
Em um comunicado, a Siemens disse não estar ciente de “nenhuma investigação do FBI” e que tem uma política de cooperações com investigações. A Philips confirmou que está sob investigação no Brasil, mas que “ainda é cedo para chegar a qualquer conclusão”.
A Johnson e Johnson afirmou que o Departamento de Justiça e a Comissão de Títulos e Câmbio dos Estados Unidos “fizeram indagações preliminares à companhia”. Já a General Electric disse estar comprometida com a integridade e o Estado de Direito em todos países em que faz negócios.
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