Entidades elaboram manifesto para impedir fim do parcelamento sem juros no cartão de crédito
Alvo de discussões nos últimos dias, o PSJ, em 2022, movimentou mais de R$ 1 trilhão, o equivalente a 10% do PIB
As entidades ligadas ao setor de comércio e serviços elaboraram um manifesto, divulgado na quarta-feira, 23, para impedir o fim do Parcelamento Sem Juros (PSJ) no cartão de crédito. Alvo de discussões nos últimos dias, o PSJ, em 2022, movimentou mais de R$ 1 trilhão, o equivalente a 10% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro. A modalidade permite aos consumidores adquirirem um produto ou serviço em condições que se encaixam em seu orçamento e, para o empreendedor, funciona como uma linha de crédito para capital de giro mais barata. A ampla defesa pelo PSJ de compras no cartão de crédito foi feita pelo Sebrae e outras oito entidades. O documento é uma resposta à possibilidade de limitar essa forma de pagamento, sugerida recentemente pelo presidente do BC (Banco Central), Roberto Campos Neto. Segundo as entidades, o Parcelamento Sem Juros não pode ser associado a uma ideia de irresponsabilidade financeira. “Restringir o PSJ é restringir a competição e privar a população, o varejo e a economia como um todo de uma ferramenta essencial”. De acordo com o Sebrae, o alto valor cobrado nos juros do rotativo pode prejudicar o funcionamento das empresas e impedir o consumo das famílias. “E os pequenos negócios seriam os mais prejudicados com a taxação”, acrescenta. Assinaram o “Manifesto pelo direito de continuar fazendo compras parceladas sem juros” a Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (Abad), Associação Brasileira de Instituições de Pagamentos (Abipag), Associação Brasileira de Internet (Abranet), Associação Brasileira de Academias (Acad Brasil), Associação de Lojistas do Brás (Alobrás), Conecta, Parcele na Hora, Proteste, Euroconsumers Brasil, União dos Lojistas da Rua 25 de Março e Adjacências (Univinco), além do Sebrae.
*Com informações do repórter David de Tarso.
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