Epicentro da Covid-19 na China, Wuhan pode ter tido 10 vezes mais infecções

Estimativa é de que, até meados de abril, quase 500 mil pessoas se infectaram com o vírus por lá

  • Por Jovem Pan
  • 30/12/2020 06h36
EFE coronavirus Os pesquisadores identificaram uma taxa de anticorpos de 4,43% para Covid-19 entre os moradores de Wuhan

O número de pessoas infectadas pela Covid-19 em Wuhan, epicentro da pandemia, pode ter sido 10 vezes maior do que o registrado oficialmente. A estimativa é de que, até meados de abril, quase 500 mil pessoas se infectaram com o vírus em Wuhan — enquanto que os dados oficiais apontavam 50,3 mil casos. O levantamento foi feito pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças da China e divulgado nesta semana. A análise se baseou em testes sorológicos realizados em uma amostra de 34 mil residentes na província de Hubei, além de grandes cidades como Pequim e Xangai.

Os pesquisadores identificaram uma taxa de anticorpos de 4,43% para Covid-19 entre os moradores de Wuhan. O percentual equivale a cerca de 487 mil pessoas, na cidade que tem 11 milhões de habitantes, número abaixo do limite mínimo para se alcançar a imunidade coletiva. A taxa em outras cidades de Hubei é ainda menor: apenas 0,44% dos residentes pesquisados tinham anticorpos contra o coronavírus.

Apesar dos números, os moradores de Wuhan voltaram às ruas com respaldo do governo chinês, que garante ausência de novos casos de infecção pelo coronavírus desde maio. Entretanto, o resultado do estudo mostra que Wuhan ainda é vulnerável a Covid-19. Já na Europa, a taxa de mortes na Holanda, neste ano, chegou ao maior patamar desde a Segunda Guerra Mundial. De acordo com o escritório nacional de estatísticas do país, cerca de 9 mil pessoas a mais morreram entre o início de março e maio — considerada primeira onda. Mais 6 mil mortes em excesso foram relatadas desde o início da segunda onda em meados de setembro, na Holanda.

*Com informações da repórter Lívia Fernanda

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