Jovem Pan
Publicidade

Escolas da rede municipal que não estiverem preparadas não serão abertas, diz secretário de SP

Escolas da rede municipal de São Paulo que não estiverem preparadas para o retorno do ensino presencial não serão abertas. A afirmação é do secretário municipal da Educação da cidade de São Paulo, Fernando Padula, que garante transparência da pasta para tratar a questão da volta às aulas. “A secretaria está preparada, as escolas estão preparadas, mas para garantir o protocolo nós contratamos a SPDM, que é da Unifesp, para fazer uma vistoria esta semana em todas as escolas do ponto de vista sanitário para verificar o protocolo. Aí fica o nosso compromisso, aquelas escolas que não estiverem preparadas para a reabertura, vamos declarar publicamente e elas não serão abertas até que estejam adequadas”, afirmou o responsável pela educação da capital paulista, em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan.

Publicidade
Publicidade

Mesmo assim, Fernando Padula garantiu que “as escolas estão preparadas para seguir orientações da saúde” e enumerou as medidas adotadas pelo município para que os colégios estejam devidamente preparados para o retorno municipal, previsto para acontecer com apenas 35% dos alunos presentes. Entre as ações adotadas está a compra de equipamentos de proteção individual (EPIs), álcool gel, termômetro, adoção do distanciamento social e a destinação de R$ 280 milhões para “pequenas adaptações” nas unidades de ensino. “Foram adquiridas para todos os alunos três máscaras de pano, portanto, elas podem ser lavadas e reutilizadas, seguindo os padrões de ter as três faces; também sabonete líquido e uma caneca para que leve na escola e não tenha que usar o bebedouro. Então tem máscara para aluno, álcool gel, distanciamento social, 35% dos alunos [presentes em sala de aula] e protetor facial e máscara para os professores.”

O secretário lembrou que o retorno ao ensino presencial nas escolas municipais de São Paulo é opcional, seguindo determinação de uma lei. Segundo ele, no entanto, pesquisa da secretaria mostra que 220 mil respostas recebidas, o que representa 20% do setor municipal, 65% dos participantes querem o retorno das atividades presenciais. A proposta do levantamento é entender qual o percentual de alunos que devem participar nas aulas nas instituições e, se necessário, adotar critérios para a distribuição dos alunos, lembrando que a prioridade será para estudantes que não tiveram acesso às aulas remotas em 2021 ou que apresentaram “pior desempenho nas avaliações diagnósticas”. Fernando Padula reforçou ainda o diálogo da secretaria com entidades sindicais, assim como com pais, professores e profissionais da educação e disse esperar que a questão não se torne uma disputa judicial. “Desde o inicio já chamamos as entidades sindicais. O diálogo, a busca por consensos sem ideologia é o melhor caminho, continuamos abertos ao diálogo e esperamos que a educação não seja judicializada”.

Publicidade
Publicidade