Especial Amazônia 5: A vida dos produtores da região e a responsabilidade do terceiro setor sobre o meio ambiente

Quinto episódio da série feita pela Jovem Pan releva níveis críticos do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) para a região amazônica

  • Por Jovem Pan
  • 31/07/2020 08h12 - Atualizado em 31/07/2020 09h20
EFE/ Joédson Alves Um dos desafios para melhorar esse diagnostico socioambiental é impedir o desmatamento, assim como a queimada ilegal.

Uma região rica e que ajuda a impulsionar o agronegócio brasileiro, seu nome dispensa apresentações: Amazônia. O extenso território é recheado de uma biodiversidade invejável, no entanto, por outro lado, a região vê o seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) alcançar níveis críticos. O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, destaca que as últimas gestões deixaram pra trás as políticas públicas que assegurariam uma evolução econômica para a área. De acordo com ele, o governo rabalha agora para reverter este quadro, que foi esquecido ao longo dos últimos anos. “Nós consideramos que esse aumento do desmatamento, que vem desde 2012 até, provavelmente,  2020, é consequência de uma ausência de política pública para a região. Então você tem o aumento do desmatamento junto com a piora dos índices econômicos e sociais. A amazônia é região mais rica em termos de recursos naturais com o pior IDH”, afirma.

Um dos desafios para melhorar esse diagnostico socioambiental é impedir o desmatamento, assim como a queimada ilegal. Uma imagem recente, divulgada pela Nasa, indicou que outras regiões do planeta tem um índice de queimadas muito superior da Amazônia. A África é um exemplo disto. Diversas famílias já estão utilizando outros métodos de melhoria do solo, excluindo o uso do fogo. É o caso do produtor Idalto Pereira. Ele conta que além de prejudicar o meio ambiente, as chamas ficam incontroláveis. “parar de usar porque quanto mais queima, mais degrada. Sem contar que quando uso o fogo, ele é muito violento. A gente não consegue dominar o fogo da melhor forma possível, ele acaba destruindo as áreas de proteção que a gente tem”, explica.

Algumas das falhas graves podem ser solucionadas com uma legislação mais moderna. A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirma que o país quando o Projeto de Lei que levará uma nova diretriz para a questão fundiária for aprovado. “Será uma ação integrada, onde nós não só emitiremos os títulos de regularização funcionária, mas daremos continuidade a várias outras ações que precisam ser feitas. Estamos escolhendo alguns estados para começar essa regularização.”

No entanto, o panorama não se resume apenas as leis. O setor público também não é o único que tem responsabilidade sobre a Amazônia, que é um bem de todos. Por isso, o setor privado também vai se movimentando e se empenhando para contribuir com o tema. Presidentes dos três maiores bancos privados do país, Itaú, Bradesco, Santander, se reuniram com o vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, para lançar uma iniciativa de proteção ambiental. A proposta é criar um plano integrado para ajudar na conservação e desenvolvimento sustentável da floresta. O certo mesmo é que a conscientização é de todos em torno de um só objetivo: a preservação da região amazônica.

*Com informações do repórter Daniel Lian

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