Esposa do policial que matou tesoureiro do PT critica políticos que usam caso para ganhar votos

Mulher de Jorge Jose da Rocha Guaranho, autor do crime, falou sobre o dia da tragédia e rejeitou que o marido teve motivações políticas

  • Por Jovem Pan
  • 18/07/2022 09h17 - Atualizado em 18/07/2022 10h07
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CHRISTIAN RIZZI/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO - 17/07/2022 Gleisi Hofmann participa de ato em homenagem a Marcelo Arruda Gleisi Hoffmann, presidente do PT, participa de ato em homenagem a Marcelo Arruda na Praça da Paz, centro de Foz do Iguaçu

Em entrevista exclusiva à Jovem Pan News, feita após a conclusão do inquérito sobre o assassinato do tesoureiro do PT, Marcelo Arruda, a esposa do policial federal penal Jorge Jose da Rocha Guaranho, autor do crime, falou sobre o dia da tragédia, criticou políticos que tentariam usar o caso para alavancar votos em ano eleitoral e rejeitou que o marido teve motivações políticas: “O que acontece é que os políticos estão querendo usar isso porque está próximo das eleições e querem usar isso um contra o outro”.

“Uma tragédia tão grande que aconteceu em várias famílias de Foz e eles [políticos] usando como política, eu acho um absurdo. Foi uma fatalidade inexplicável, mas isso não tem nada a ver com política”, declarou a mulher que não quis se identificar. De acordo com a esposa, as motivações do marido não tinham a ver com o fato da vitima ser petista: “Como eu já disse antes, várias vezes, o pessoal está tentando fazer política em cima dessa tragédia horrível que aconteceu. Mas, não houve motivação política alguma. Meu marido é de direita, mas ele não é fanático e jamais mataria alguém por conta de política”.

A esposa também deu sua versão sobre os motivos de Jorge Guaranho voltar ao local da festa: “Meu marido se sentiu muito ofendido, porque no vídeo dá pra ver claramente que foi jogado terra e pedra na cara dele. Ele tentou proteger e acertou em mim e no meu filho atrás. Ele ficou muito chateado, transtornado com a situação porque ele só passou por ali e foi agredido. Claro que nada justifica essa tragédia que aconteceu, mas ele se sentiu muito agredido com a situação e retornou no local”.

“Eu pedi para ele não voltar, mas ele quis voltar para tirar satisfação, não porque ia fazer qualquer coisa de maldade. Mas ele queria tirar satisfação do porque ele teria sido agredido, sendo que ele não havia feito nada”, detalhou. A mulher classifica o marido como eleitor da direita e fã do presidente, mas não fanático: “Mas na última eleição ele nem votou no Bolsonaro porque estava transferindo o título para cá. Ele nem votou na eleição que o Bolsonaro foi eleito”.

“Ele é pró-Bolsonaro sim, mas não é fanático, não participa de partidos políticos, não vai em carreatas, nem passeatas. Ele gosta de acompanhar políticas e as coisas do Brasil no Twitter, mas ele não é um cara fanático e não participa de nenhum grupo que tem política. Ele é de direita, tem a ideologia política de direita, mas ele não é fanático”, reiterou.

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