Fábio Trad descarta pré-candidatura de Pacheco e cita aprovação de Leite no PSD: ‘Une bancada’

Para o deputado federal, candidatura do atual governador à presidência da República pode ser ‘contraponto interessante’ à polarização entre Lula e Bolsonaro

  • Por Jovem Pan
  • 22/02/2022 09h55 - Atualizado em 22/02/2022 09h55
DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, é pré-candidato á presidência da República Segundo Fábio Trad, o nome de Eduardo Leite é bem aceito no partido, unificando a bancada

O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, não deve ser candidato à presidência da República pelo Partido Social Democrático (PSD). A avaliação é do seu colega de legenda, deputado federal Fábio Trad. Na visão do parlamentar, as recentes posturas do senador, que foi convidado pelo partido para concorrer ao Palácio da Planalto, demonstra desinteresse. “É fato que a primeira meta é no sentido de fazer Pacheco o pré-candidato, mas ele não se mostrou entusiasmado [com o convite] ou desconfortável com essa aproximação com o Eduardo Leite, isso significa que ele não deve ser pré-candidato”, afirmou ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News. A possível candidatura do governador do Rio Grande do Sul à presidência pelo PSD surge após indicação do diretório regional e se mostra como uma “extraordinária alternativa”, aceita pela bancada em caso Pacheco recuse o convite.

“Ele une a bancada. Observei no grupo do PSD que o nome dele concentra e unifica o partido, o que não aconteceria se nós optássemos pela vice-presidência no caso Lula. O Eduardo Leite vindo para o PSD, trazendo uma mensagem liberal na economia e menos ortodoxa na questão dos costumes, e ficha limpa, penso que pode fazer um contraponto interessante às duas candidaturas [Lula e Bolsonaro]”, afirmou Fábio Trad, que completou: “Não vejo nenhuma razão para que ele não seja competitivo.” Embora o deputado federal reconheça a avaliação positiva de Leite, ele afirma que só acredita na filiação “depois de ver assinada a ficha”.

“Existem muitas especulações e informações atravessadas e precisamos ter algo concreto. O governador do Rio Grande do Sul, que tem predicados morais, está com a bola para ser chutada. O convite foi feito, ele está analisando, mas só vou acreditar se a ficha for assinada e abonada pelo presidente Kassab. Caso contrário, o PSD vai continuar nesse terreno de articulação política”, afirmou o parlamentar, destacando que o foco do partido é conquistar visibilidade no cenário nacional. “A única alternativa é ter uma candidatura que leve uma mensagem ao povo brasileiro, que se diferencie do PT e do atual presidente da república. Essa é a meta principal do PSD”, finalizou.

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