Agora preso, Queiroz é amigo da família Bolsonaro há mais de 30 anos; relembre

  • Por Jovem Pan
  • 19/06/2020 07h31 - Atualizado em 19/06/2020 08h13
Reprodução/SBT Fabrício Queiroz Queiroz emplacou sete parentes na estrutura do gabinete do parlamentar, entre eles a esposa, a enteada e duas filhas.  Fabrício exonerado em outubro de 2018, pouco antes da Operação Furna da Onça vir à tona

Preso pela Polícia Civil de São Paulo nesta quinta-feira (18), Fabrício José Carlos de Queiroz circula no clã Bolsonaro há mais de trinta anos. Ele conheceu Jair Bolsonaro em 1984 na Brigada Paraquedista, da Vila Militar do Exército no Rio de Janeiro.

Em 2007, passou a trabalhar para o então deputado estadual Flávio Bolsonaro, de quem foi assessor, motorista e segurança durante 11 anos. Neste período, Queiroz emplacou sete parentes na estrutura do gabinete do parlamentar, entre eles a esposa, a enteada e duas filhas.  Fabrício exonerado em outubro de 2018, pouco antes da Operação Furna da Onça vir à tona.

A ação foi baseada em um relatório do Coaf, Conselho de Controle de Atividades Financeiras, que apontou transações suspeitas feitas pelo ex-assessor. Fabrício Queiroz teria movimentado de forma atípica R$ 1, 2 milhão no intervalo de um ano. A operação levou a uma investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro, que suspeitava da existência de um esquema de rachadinha no gabinete de Flávio.

Queiroz não compareceu às quatro ocasiões em que foi chamado para depor, mas, nesse meio tempo, deu uma entrevista ao SBT, na qual negou ser um “laranja” de Flávio. De acordo com o ex-assessor, o dinheiro movimentado veio da compra e venda de automóveis.

Durante esses quase dois anos de investigação, tanto o senador Flávio Bolsonaro, quanto Jair Bolsonaro negaram ainda ter contato com Fabrício Queiroz. Em uma entrevista à GloboNews em setembro do ano passado, o advogado da família presidencial, Frederick Wassef, disse não saber qual era o paradeiro do ex-assessor.

No entanto, o imóvel onde Fabrício Queiroz foi preso nesta quinta-feira está no nome de Wassef. Um caseiro contou à polícia que o ex-assessor morava no imóvel há um ano.

*Com informações da repórter Nicole Fusco

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