Na Câmara, Facebook critica pontos da Lei das Fake News e vê impactos na publicidade

A gerente de políticas públicas da empresa disse que a plataforma é favorável ao combate à desinformação, mas ressaltou dificuldade para implementação de pontos do texto

  • Por Jovem Pan
  • 16/07/2020 06h35 - Atualizado em 16/07/2020 08h58
EFE/Mauritz Antin De acordo com Rebeca Garcia, o Facebook removeu mais de um bilhão e meio de contas falsas de janeiro a março

O Facebook defendeu na quarta-feira (15) que o Projeto de Lei das Fake News seja menos rígido. Em audiência na Câmara dos Deputados, a gerente de políticas públicas da empresa, Rebeca Garcia,  disse que a plataforma é favorável ao combate à desinformação, mas ressaltou a dificuldade de implementação de alguns pontos do texto. A proposta, já aprovada pelo Senado Federal, cria a Lei de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na internet. Uma das exigências é de que as plataformas como o próprio Facebook, o Whatsapp e o Telegram divulguem a metodologia usada para localizar contas irregulares.

Na audiência, a gerente de políticas públicas do Facebook  ressaltou o risco de restrições à publicidade digital. De acordo com Rebeca Garcia, o Facebook removeu mais de um bilhão e meio de contas falsas de janeiro a março. A advogada Flávia Lefévre, da coalizão direitos na rede, ressalta que o projeto das fake news atende aos anseios da população.

Nesta quarta, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, liberou o acesso da Polícia Federal a dados de investigação do Facebook que derrubou contas ligadas à família Bolsonaro. Além de gabinetes ligados aos filhos do presidente Jair Bolsonaro, a plataforma retirou do ar páginas de integrantes do Partido Social Liberal. A decisão sigilosa do Supremo foi tomada na semana passada em dois inquéritos. O primeiro caso apura a organização e financiamento de atos antidemocráticos. Já o segundo investiga ataques a ministros do STF e a disseminação de notícias falsas.

*Com informações da repórter Camila Yunes

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