Fernando Francischini espera resultado ‘memorável’ de julgamento: ‘Confio no Supremo’

Ministros julgam caso envolvendo o deputado estadual pelo Paraná nesta terça-feira, 7, em plenário virtual; parlamentar teve mandato cassado pelo TSE, mas restabelecido por Kassio Nunes Marques

  • Por Jovem Pan
  • 06/06/2022 10h59 - Atualizado em 06/06/2022 11h35
Tânia Rego/Agência Brasil Fernando Francischini Julgamento em plenário virtual sobre o caso de Francischini está marcado para acontecer nesta terça-feira, 7

O deputado estadual Fernando Francischini (União Brasil-PR) espera que a decisão do ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), que restabeleceu seu mandato parlamentar, anteriormente cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), seja mantida pelo plenário da Casa. Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, ele assegurou que “confia no Supremo” e que um julgamento político, nesse momento, seria “decepcionante”. “Se entrar no julgamento desconfiando que vou ser julgado politicamente, é o fim da democracia. Até o final desse julgamento vou continuar com o mesmo discurso: confio no Supremo. Não posso acreditar que vou ser julgado politicamente”, iniciou o deputado estadual, que questiona a decisão do TSE de condenação por divulgação de informações falsas durante transmissão ao vivo nas redes sociais em 2018, no segundo turno à presidência da República, alegando fraude nas urnas eletrônicas.

“Se for julgado tecnicamente, juridicamente, estou sendo julgado por fake news, o que não existe lei, ainda está no Congresso Nacional. Uma mudança de jurisprudência, colocando as redes sociais como meio de comunicação três anos depois da eleição, sendo que a Constituição é clara quando fala da anterioridade da lei. […] Dez minutos antes do fim do processo eleitoral, ou seja, qual o impacto? Quantos desses eleitores foram impactos faltando apenas 10 minutos, sendo que não peço voto, não digo que fui candidato?”, questionou Fernando Francischini, citando a gravação em que mencionou problemas identificados nas urnas, como casos em que eleitores colocam o número 17, do presidente Jair Bolsonaro, mas aparecia a foto de Fernando Haddad, então candidato do Partido dos Trabalhadores (PT), supostamente computando os votos ao petista. “Posso ter usado palavra forte, fraude, mas se pegar os vídeos que rolaram nas redes sociais, são pessoas verdadeiras revoltadas”, afirmou. Vídeos dos supostos erros, no entanto, foram desmentidos pelo TSE posteriormente. O órgão chegou a afirmar que as gravações foram manipuladas.

O julgamento em plenário virtual sobre o caso de Francischini está marcado para acontecer nesta terça-feira, 7, após pedido de convocação da sessão extraordinária apresentado pela ministra Cármen Lúcia, relatora de uma ação apresentada por um suplente do deputado estadual, que pode perder a vaga na Assembleia Legislativa do Paraná com a volta do deputado bolsonarista ao cargo. “Minha expectativa é que aconteça algo que possa ser memorável e não lamentável, porque é um buraco no casco do navio chamado liberdade. […] É um buraco muito triste, julgamento político que pode correr seria decepcionante nesse momento. […] A grande discussão é: o meu caso, caso seja votado politicamente, é para mim, para os 427 mil eleitores ou vou ser usado para atingir o presidente Bolsonaro? Isso não quero crer, porque acredito na Justiça do meu país”, finalizou.

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